domingo, 23 de dezembro de 2007

Após fim da CPMF, Lula cobra de senadores alternativa


Sábado, 22 de Dezembro de 2007 17:43
Agência Brasil


Sábado, 22 de Dezembro de 2007 17:43
Agência Brasil


O presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou hojeque não se sentiu derrotado com a rejeição da emenda que prorrogava a Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira (CPMF) pelo Senado.

“Temos que encarar isso como resultado da prática democrática do país. Nós criamos regras, regimentos, fórmulas. Quando elas são utilizadas, a gente perde ou ganha”, disse o presidente, que participou pela quinta vez consecutiva da confraternização de final de ano do Movimento Nacional de Catadores de Materiais Recicláveis (MNCR).

Segundo ele, ficará a cargo do Senado - que decidiu pelo fim do tributo - encontrar uma alternativa para que a queda na arrecadação não acarrete corte na verba que seria destinada à saúde no ano que vem. “Tanto os senadores que votaram a favor quanto os que votaram contra sabem que é preciso encontrar uma fórmula para que se possa colocar o dinheiro que já estava previsto na saúde.”

Lula ressaltou que o governo cortará despesas para compensar a perda de cerca de R$ 40 bilhões no orçamento. Ele garantiu, entretanto, que “não haverá um centavo de corte nas políticas sociais do governo, nem no PAC [Programa de Aceleração do Crescimento].”

Fonte: Campo Grande Newss

segunda-feira, 17 de dezembro de 2007

Lula diz que o mundo não acabou com fim da CPMF e que solução será madura

17/12/2007 - 09h03

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou nesta segunda-feira, durante o programa de rádio "Café com o Presidente", que o mundo não acabou com a rejeição pelo Senado da prorrogação da CPMF (Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira).

"As pessoas ficam se perguntando quem perdeu, se foi o Lula, se foram os governadores, ou seja, na verdade, quem perdeu foi o país. Perderam quase 6.000 prefeitos do Brasil, perderam 27 governadores de Estado e perdeu toda a população brasileira que utiliza o Sistema Único de Saúde, que utiliza o SUS. Acabou o mundo? Não. Agora, vamos ter que pensar, vamos ter que refletir, vamos ter que ver como vamos arrecadar uma parte desses recursos, porque nós não podemos ser irresponsáveis com a saúde brasileira, em função dos votos de alguns senadores."

Lula disse ainda que a estabilidade do país não dependia da prorrogação da CPMF até 2011. "Manter a estabilidade não dependia da CPMF, dependia única e exclusivamente da nossa responsabilidade em manter uma política de ajuste fiscal dura, de controlar a inflação e não permitir que o Estado gaste mais do que aquilo que é a sua capacidade de arrecadar. Isso é uma coisa sagrada, isso eu aprendi a fazer na minha casa com meu orçamento durante a vida inteira e eu faço como presidente da República. A segunda coisa é que o resultado da CPMF é daquelas coisas importantes da democracia."

O presidente ainda falou das alternativas estudadas pelo governo para compensar a perda da arrecadação com o "imposto do cheque". "Obviamente, nós vamos ter que arrumar uma grande parte desse recursos. Como fazer? Eu preciso discutir com o ministro da Fazenda, discutir com o ministro do Planejamento, para que a gente possa tomar as atitudes mais maduras possíveis, mais conscientes, sem nenhum atropelo. Eu preciso ter em conta que o Brasil está indo bem, a economia está bem, o trabalho está crescendo. Nós temos uma boa perspectiva para 2008 e eu não quero que nada atrapalhe."

Lula afirmou que os programas sociais continuarão crescendo, mesmo sem os recursos arrecadados com a CPMF. "As políticas sociais vão continuar acontecendo. Nós vamos tomar todas as medidas para que a gente não mexa no PAC [Programa de Aceleração do Crescimento], para que a gente não mexa nas políticas sociais. E vamos ver: se a economia crescer, certamente nós vamos ter possibilidade de arrecadar mais dinheiro. Se for necessário fazer algumas mudanças, nós vamos com muito cuidado, com muito critério, tomar essas medidas nos próximos dias, mas sem criar qualquer embaraço ou qualquer problema para a tranqüilidade que vive a economia brasileira."

O presidente ainda também falou sobre o resultado da última pesquisa Datafolha, apontando que cerca de 20 milhões de brasileiros com mais de 16 anos migraram da classe classe D/E para a C.

"Eu não poderia ter um final de ano melhor, ou seja, nós trabalhamos para isso. Quando fizemos o sacrifício do ajuste fiscal em 2003, era porque nós achávamos que mais à frente nós iríamos colher. Há um conjunto de políticas sociais que foram implantadas a partir de 2003 e que vêm ganhando força a cada ano. E, sobretudo, o crescimento da economia, o crescimento do emprego na construção civil, na indústria, no comércio vem possibilitando que a gente comece a perceber que a geração de empregos como em nenhum outro momento da história do Brasil. Isso demonstra que as coisas vão acontecendo no Brasil."

Mercosul

Lula também comentou sobre a integração da América do Sul. "Estou muito satisfeito com a integração da América do Sul, sobretudo com os bons resultados no Mercosul. Eu tenho dito que o Brasil, como é a maior economia da América do Sul, como é a maior economia do Mercosul, o Brasil paga o preço de ser a economia mais forte, o país mais industrializado, o país que tem mais tecnologia, de fazer concessões para que os outros países possam crescer junto com o Brasil. Ou seja, Brasil e Argentina têm que ajudar a Bolívia, têm que ajudar o Uruguai, têm que ajudar o Paraguai, permitindo que a gente compreenda que a integração é a saída melhor para todos os países da América do Sul."


http://www1.folha.uol.com.br/folha/brasil/ult96u355520.shtml

sexta-feira, 14 de dezembro de 2007

Corruptos, sonegadores, traficantes e grandes empresas: os maiores beneficiados com o fim da CPMF

14/12/2007 - 17h09

Ministro da CGU diz que corruptos comemoram fim da CPMF

da Folha Online

O ministro-chefe da CGU (Controladoria-Geral da União), Jorge Hage, disse hoje que os corruptos estavam comemorando o fim da CPMF --que termina no dia 31. O Senado rejeitou nesta semana a emenda que prorrogava a cobrança da CPMF até 2011.

"O fim da CPMF está sendo festejado também pelos corruptos que praticaram desvios e realizaram movimentações financeiras inexplicáveis que a CPMF nos ajudava a identificar", disse Hage.

Desde o início das negociações com a oposição no Senado, o governo adotou o discurso de que somente a oposição e os sonegadores eram contrários à prorrogação da CPMF.

Hage afirmou que a CPMF várias investigações serão prejudicadas com o fim da CPMF, que é um tributo com caráter fiscalizador. "Além do prejuízo decorrente da redução dos recursos utilizados nos programas sociais, o fim da CPMF trará também enorme prejuízo para os trabalhos de investigação da CGU e demais órgãos de investigação e controle."

Segundo ele, a CPMF permitia identificar movimentações financeiras incompatíveis com a remuneração de agentes públicos, por exemplo.

Hage informou que vários procedimentos admistrativos foram instaurados após conclusões tiradas a partir da CPMF, como patrimônio incompatível com a renda.

Fonte: Folha Uol

http://www1.folha.uol.com.br/folha/brasil/ult96u355050.shtml

quinta-feira, 13 de dezembro de 2007

Lamentamos que a votação da CPMF tenha sido politizada, diz José Múcio

da Agência Brasil
da Folha Online

O ministro José Múcio Monteiro (Relações Institucionais) lamentou nesta quinta-feira a derrota do governo federal no Senado durante a votação da CPMF (Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira), mas afirmou ter recebido a notícia com "serenidade".

"Lamentamos profundamente que a questão tenha sido politizada. Houve uma separação se era vitória do governo ou da oposição, esquecendo-se do tamanho da sociedade brasileira que tinha benefícios que eram atendidos pela CPMF", afirmou.

José Múcio disse que, agora, cada um terá de arcar com suas responsabilidade. "Evidentemente que todos vão ter que arcar com a responsabilidade, com o voto de cada um. O governo também com a sua parte. Vamos procurar as soluções. Saber aonde vamos ter que promover os cortes. Isso atingirá Estados e municípios, mas temos a absoluta tranqüilidade de que o governo terá que procurar novos caminhos para que esses brasileiros não fiquem desassistidos."

O governo federal estimava arrecadar R$ 40 bilhões com a CPMF em 2008. Segundo o ministro, o governo tirou lições importantes dessa derrota. "Primeiro, precisamos estreitar as nossas relações com o Senado. Precisamos ser mais parceiros dessa queda de braço. É ruim para o país, para o governo, para o Legislativo. Segundo, a necessidade de se ter uma reforma tributária, para que essas coisas periódicas ou transitórias não nos promovam a surpresa que nos promoveram essa noite."

José Múcio afirmou ainda que o governo tem a "consciência tranqüila" de ter tentado dialogar com a oposição e a base aliada nos últimos dias. "Tentamos o acordo, mas de repente nos deparamos mais com uma disputa política do que com a procura de um caminho que apontasse para um benefício para a sociedade."

O ministro também comentou que manteve contato até a meia-noite com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva. "Ele estava absolutamente sereno e, democrata como é, absorverá com tranqüilidade o resultado do Senado."

Plenário

Na madrugada desta quinta-feira, após mais de sete horas de sessão, o Senado rejeitou a prorrogação da arrecadação da CPMF até 2011. Foram 45 favoráveis ao imposto contra 34. Agora, o tributo vale só até o próximo dia 31.

A oposição contou com o apoio de senadores da base aliada para conseguir derrotar a proposta de prorrogação da CPMF no plenário do Senado.

O governo foi derrotado com uma diferença de quatro votos, já que precisava do apoio de 49 senadores para garantir a vigência do "imposto do cheque" até 2011. Apesar do governo enviar ao Senado propostas para flexibilizar a cobrança da CPMF, os líderes da base aliada não conseguiram convencer os governistas "dissidentes" a votarem favoravelmente à matéria.

Em contrapartida, os 13 senadores do PSDB votaram unidos contra a prorrogação da CPMF, apesar da pressão de governadores tucanos para que aprovassem a manutenção do "imposto do cheque".

Fonte: Folha Online

http://www1.folha.uol.com.br/folha/brasil/ult96u354517.shtml

quarta-feira, 12 de dezembro de 2007

Proposta do governo para CPMF provoca racha na bancada do PSDB no Senado

GABRIELA GUERREIRO
da Folha Online, em Brasília

A proposta do governo federal de destinar integralmente os recursos da CPMF (Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira) para a área da saúde provocou um racha na bancada do PSDB no Senado. Alguns tucanos já admitem votar favoravelmente à prorrogação da CPMF, embora o partido mantenha oficialmente a postura de que todos os tucanos devem derrubar a matéria no plenário.

A Folha Online apurou que o clima na bancada é de tensão. O presidente do partido, senador Sérgio Guerra (PSDB-PE), disse que os tucanos não podem começar a discutir uma proposta que não foi apresentada formalmente pelo governo. "Se a proposta chegar, vamos saber [se o partido muda de posição]. Não podemos trabalhar com um cenário surrealista. A valorização da saúde é forte para nós", afirmou.

Já o senador Tasso Jereissati (PSDB-CE), ex-presidente do partido, disse que os 13 senadores tucanos votarão unidos contra a prorrogação da CPMF. "Não há possibilidade de haver racha na bancada, nem divisão. Vamos votar contra, todos unidos. Não recebemos concretamente nenhuma proposta de mandar todo o dinheiro para a saúde", afirmou.

Apesar da postura inflexível, Tasso disse que a "suposta proposta" seria boa porque garantiria o aumento do repasse para a área da saúde. Assim como Tasso, Guerra disse que parte da bancada se sensibilizou com a proposta devido à preocupação do partido com a saúde no país. "Vários senadores tucanos entendem a saúde como uma questão forte para nós, que nos toca. Mas não há o que discutir porque não tem proposta."

O senador Marconi Perillo (PSDB-GO), por sua vez, admitiu que pode votar a favor da CPMF se receber argumentos do governo que o façam mudar de posição. "Se eu for convencido de que é importante aprovar a CPMF, voto a favor. Mas acho que o tempo é muito curto para esse convencimento", avaliou.

O vice-líder do PSDB no Senado, Álvaro Dias (PR), afirmou que o clima de tensão na bancada pode prejudicar a unidade dos tucanos --mas disse esperar que os 13 senadores mantenham o compromisso de derrotar a CPMF no plenário da Casa. "A bancada decidiu votar fechada, unida. Há um ambiente nervoso, há tensão, mas a preservação da unidade é o comprometimento mais forte. Traição, eu creio que não haverá. Só se eu estiver sendo enganado por todos", disse.

Proposta

Na tentativa de conquistar os votos dos tucanos pró-CPMF, o governo apresentou a proposta de repassar integralmente os recursos arrecadados com a CPMF para a área da saúde.

O líder do governo no Senado, Romero Jucá (PMDB-RR), disse acreditar que a proposta sensibilize senadores do PSDB a mudarem de idéia em relação ao "imposto do cheque".

"Essa é uma proposição do conselho de secretários de saúde dos Estados, dos governadores e prefeitos, e o governo quer saber se essa também é a posição do PSDB, ou seja, essa proposição que está na mesa traz a oposição para votar com o governo na renovação da CPMF? Se trouxer é um caminho para nós discutirmos e ainda dá tempo para um entendimento", explicou.

Fonte: Folha Online

http://www1.folha.uol.com.br/folha/brasil/ult96u354171.shtml

Senado vota hoje proposta que prorroga CPMF até 2011

da Folha Online

O plenário do Senado vai votar na tarde desta quarta-feira a proposta que prorroga a CPMF (Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira) até 2011.

Após a morte do governador de Roraima, Ottomar Pinto (PSDB), a base aliada cogitou votar ontem a proposta, pois temiam que o enterro de Ottomar esvaziasse o plenário e impedisse a votação. No entanto, o enterro do corpo do governador ocorrerá na quinta-feira e o governo tentará aprovar hoje a matéria no Senado.

Segundo o blog do Josias, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva determinou nesta terça-feira a realização da votação em primeiro turno da CPMF. "Vamos votar", disse. "Para ganhar ou para perder. Quero saber quem está com o governo e quem está contra nós."

Em reunião com ministros, auxiliares e aliados políticos, o presidente pediu que o líder do governo no Senado, Romero Jucá (PMDB-RR), chamasse a base aliada para enfrentar a oposição na tarde desta quarta-feira, às 16h.

Para aprovar a CPMF, são necessários ao menos 49 votos favoráveis. Como o presidente interino do Senado, Tião Viana (PT-AC), só vota em caso de empate, a base não pode contar com o voto pró-CPMF dele. Com esse placar apertado, qualquer voto a menos traz o risco da proposta ser rejeitada pelo plenário do Senado.

Votos

A oposição insiste que os governistas não têm os 49 votos necessários para aprovar a prorrogação da CPMF. O líder do DEM no Senado, José Agripino Maia (RN), disse que sua contabilidade aponta somente 45 votos favoráveis à CPMF --o que não permite a aprovação da matéria pelo governo.

"Os 35 votos que temos contra a CPMF serão os mesmos hoje, amanhã ou depois", disse Agripino.

O PSDB, por sua vez, mantém a expectativa de que os 13 senadores da bancada vão votar contra a prorrogação da CPMF no plenário. "Somos 13 votos com a mesma direção, contra a CPMF", afirmou o presidente do PSDB, Sérgio Guerra (PE).

O tucano disse ter certeza que o governo não conseguirá colocar a prorrogação da CPMF em votação, nos dois turnos, até o dia 31 de dezembro --quando termina a vigência da contribuição.

Fonte: Folha Online

http://www1.folha.uol.com.br/folha/brasil/ult96u354086.shtml

sexta-feira, 7 de dezembro de 2007

Dilma defende "persuasão política" como arma em favor da CPMF

07/12/2007 - 13h26

SÃO PAULO (Reuters) - A "persuasão política" deve ser a principal ferramenta do governo federal na campanha pela renovação da CPMF, afirmou nesta sexta-feira a ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff. Ela evitou comentar alternativas que pudessem estar em estudo pelo governo caso a oposição consiga barrar o tributo, que representa arrecadação de cerca de 40 bilhões de reais ao ano.

"A oposição política tem que ser respeitada, isso é fundamental para a democracia... Nosso primeiro movimento é de persuasão política", afirmou a ministra a jornalistas. Mas ela cobrou responsabilidade da oposição, alertando que "o mundo passa por crise significativa", numa referência às dificuldades com crédito decorrentes da inadimplência no mercado norte-americano de hipotecas de alto risco (subprime).

Dilma disse que a classe política tem que reconhecer que o Brasil está hoje em outro patamar no cenário internacional, combinando governo e oposição responsáveis.

"O convencimento tem que ser político", declarou. Ela ponderou que o governo já melhorou a proposta de renovação da CPMF até fim de 2011. O governo propôs a redução gradual da alíquota da CPMF e isenção para trabalhadores com salários de até 2.894 reais.

Além de chamar a oposição ao compromisso, Dilma cobrou do empresariado paulista sintonia com a proposta de fortalecimento do mercado interno, considerado por ela a grande vantagem competitiva do Brasil.

"Me parece um contra-senso a Fiesp não perceber que, no Brasil, há que se fazer um grande esforço no sentido de tirar de uma situação de miséria, pobreza, exclusão um segmento importante da população", afirmou. "Votar contra a CPMF significa reduzir completamente gastos em saúde, bolsa-família e previdência", argumentou.

A Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp) posicionou-se contra a prorrogação da CPMF.

Para ser aprovada, a proposta de emenda constitucional que prorroga a CPMF precisa de apoio de 49 senadores. A votação, em primeiro turno, está marcada para terça-feira.

Fonte: Folha Uol

http://noticias.uol.com.br/ultnot/brasil/2007/12/07/ult1928u5153.jhtm

quarta-feira, 5 de dezembro de 2007

Adib Jatene defende CPMF e ataca indiretamente a Fiesp

05/12/2007 - 12h05

RENATA GIRALDI
da Folha Online, em Brasília

Convidado especial da solenidade de lançamento do PAC (Programa de Aceleração do Crescimento) da Saúde, o ex-ministro da área Adib Jatene defendeu nesta quarta-feira a prorrogação da CPMF (Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira) até 2011 e atacou indiretamente a Fiesp (Federação das Indústrias do Estado de São Paulo).

"A gente vive em um país colonial e imperialista em que os amigos do rei não gostam de pagar imposto", disse Jatene durante a solenidade, no Palácio do Planalto. "O governo fica na contingência de arrecadar muito de quem ganha pouco e arrecadar pouco de quem ganha muito", reiterou.

Emocionado e com a voz embargada, Jatene descreveu o trabalho dos profissionais de saúde e criticou as limitações impostas ao setor. "Não aceito as limitações que a área econômica impõe à saúde", disse. "A área econômica está muito perto da riqueza, quando o ministro da Fazenda vai a São Paulo vai à Fiesp, não vai à periferia."

Sem citar nomes nem partidos políticos, ele comoveu a platéia e arrancou aplausos dos presentes. Falou da necessidade de buscar recursos para a saúde e melhorar a qualidade de vida dos moram nas regiões pobres do país. Contou das dificuldades que teve no período que ocupou cargos públicos e emocionou o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que acenou com a cabeça em alguns momentos do discurso do ex-ministro.

No total, o PAC da Saúde lançado hoje destina a aplicação de cerca de R$ 88,6 bilhões em quatro anos. O plano define a implementação do Programa Mais Saúde.

Fonte: Folha Uol

http://www1.folha.uol.com.br/folha/brasil/ult96u351510.shtml

terça-feira, 4 de dezembro de 2007

Renúncia de Renan atrapalha CPMF; oposição aproveita para tentar acelerar votação

04/12/2007 - 17h24

GABRIELA GUERREIRO
RENATA GIRALDI
da Folha Online, em Brasília

A oposição quer acelerar a votação da proposta que prorroga a CPMF (Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira) após a renúncia do senador Renan Calheiros (PMDB-AL) da presidência do Senado. DEM e PSDB avaliam que poderá haver um racha na base aliada do governo na disputa para o comando da Casa, o que beneficia a oposição em torno da CPMF.

O líder do DEM no Senado, José Agripino Maia (RN), defendeu hoje que a votação da prorrogação da CPMF seja realizada nesta quinta-feira --como proposto pelo líder do governo no Senado, Romero Jucá (RR). "Nós estamos de acordo com a proposta do líder do governo. Queremos votar na quinta-feira", defendeu Agripino.

Inicialmente, a oposição foi favorável à aceleração da tramitação da CPMF. Ao perceber, no entanto, que não teria os 33 votos contrários à matéria, DEM e PSDB decidiram retomar a estratégia inicial de retardar a votação da matéria.

Agora, com o esperado racha na base aliada, os dois partidos retomaram o discurso favorável à votação esta semana.

Agripino afirmou que a disputa em torno do sucessor de Renan é um "condimento negativo" para os governistas na votação da CPMF. "De toda a disputa, o normal é resultarem seqüelas. Temos que votar", avaliou.

O líder do PSDB no Senado, Arthur Virgílio (AM), admitiu que a oposição vai aproveitar o clima de disputa pela presidência do Senado para conquistar votos da base aliada contra a CPMF. "Essa é a minha intenção, isso é tudo que eu quero", afirmou.

http://www1.folha.uol.com.br/folha/brasil/ult96u351255.shtml

segunda-feira, 3 de dezembro de 2007

Planalto admite placar "apertado" para aprovar CPMF e busca apoio de senadores

03/12/2007 - 18h23

O ministro José Múcio Moteiro (Relações Institucionais) admitiu hoje que o placar favorável à (proposta de emenda constitnucional) que prorroga a cobrança da CPMF está apertado. A proposta tramita no Senado, onde precisa ser analisada em dois turnos --com 49 votos favoráveis em cada um-- para passar.

Múcio disse que espera colocar a proposta em votação quando a tiver a certeza de pelo menos 53 votos favoráveis. "A margem é muito pequena, de um lado e de outro. Na Câmara, nunca fiz contagem de um voto, dois votos. Sobre a data, o senador [Romero] Jucá [líder do governo no Senado] é quem vai dar o sinal verde. É uma vitória, para ambos os lados, com uma margem pequena [de votos]", afirmou o ministro.

A estratégia do governo é procurar, em especial, os três senadores que deixaram o DEM no início de setembro: César Borges (PR-BA), Edison Lobão (PMDB-MA) e Romeu Tuma (PTB-SP). Os parlamentares temem retaliações do ex-partido caso votem a favor da prorrogação da CPMF, motivo que preocupa o Planalto --já que a legenda poderá requerer na Justiça a devolução do mandato deles por infidelidade partidária.

Múcio admitiu que os três senadores temem retaliações do partido, mas disse estar disposto a conquistar votos pró-CPMF. "O prazo [para pedir o mandato de volta] já terminou, mas ninguém pode controlar o Ministério Público, que pode pedir [os mandatos]", afirmou.

O ministro também pretende se reunir, esta semana, com a bancada do Rio Grande do Sul no Senado em busca de votos para o "imposto do cheque". O governo batalha, em especial, para convencer o senador Pedro Simon (PMDB-RS) a votar favoravelmente à matéria --embora tenha sinais de que poderá acompanhar a oposição contra a CPMF.

http://www1.folha.uol.com.br/folha/brasil/ult96u350912.shtml

domingo, 2 de dezembro de 2007

CPMF possibilitou ao Fisco lançar, entre 2001 e 2007, créditos tributários de R$ 41 bilhões, valor superior a um ano de arrecadação da contribuição

O secretário da Receita Federal, Jorge Rachid, estimou que a CPMF possibilitou ao Fisco lançar, entre 2001 e 2007, créditos tributários de R$ 41 bilhões, valor superior a um ano de arrecadação da contribuição.

Do total de créditos contra pessoas físicas lançados no período, 56% foram feitos a partir de informações geradas pela CPMF.

No caso das pessoas jurídicas, o percentual foi de 13%.

O secretário reconhece, porém, que obteria o mesmo resultado com uma alíquota menor.

(Valor Econômico - Sinopse Radibrás)

sábado, 1 de dezembro de 2007

Temporão pressiona governadores para aprovar a CPMF

30/11/2007 - 21h23

LUIZ FRANCISCO
da Agência Folha, em Salvador

O ministro José Gomes Temporão (Saúde) pediu ontem a seis governadores nordestinos --e a representantes dos outros três Estados da região-- para pressionar as suas bancadas federais a votarem pela prorrogação da CPMF.

"Há uma percepção da população, da sociedade, de que o imposto não é ruim, quem paga mais são os que ganham mais, a CPMF coíbe a sonegação e a lavagem de dinheiro e é usado na área social. Não é o imposto ideal, mas tem impostos piores", disse o ministro, ao chegar para o encontro com os governadores, ontem, em Salvador.

Temporão disse que a aprovação da CPMF está mais fácil "hoje do que ontem". "Nós estamos trabalhando, o governo está conversando, está negociando." Depois, em uma salão somente com os governadores e secretários da Saúde, Temporão disse que os recursos para financiamento do PAC (Programa de Aceleração do Crescimento) da Saúde dependem da prorrogação da CPMF.

"Se a prorrogação do imposto não passar, a emenda constitucional 29, já aprovada pela Câmara e agora sob análise do Senado, terá que ser rediscutida. Sem a CPMF, só o Nordeste deixará de receber quase R$ 4 bilhões, necessários à realização de 200 milhões de atendimentos nos nove Estados da região", afirmou o ministro.

Participaram do encontro com o ministro os governadores Jaques Wagner (PT-BA), Wellington Dias (PT-PI), Eduardo Campos (PSB-PE), Cássio Cunha Lima (PSDB-PB), Marcelo Déda (PT-SE) e Cid Gomes (PSB-PE). Os governos de Alagoas, Rio Grande do Norte e Maranhão enviaram representantes.

http://www1.folha.uol.com.br/folha/brasil/ult96u350273.shtml

quinta-feira, 29 de novembro de 2007

PDT fecha questão a favor da prorrogação da CPMF

RENATA GIRALDI
da Folha Online, em Brasília

A Executiva nacional do PDT decidiu nesta quarta-feira fechar questão a favor da prorrogação da cobrança da CPMF (Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira) até 2011.

A bancada do partido no Senado é composta por cinco senadores: Patrícia Saboya (CE), Jefferson Péres (AM), Cristovam Buarque (DF), João Durval (BA) e Osmar Dias (PR). A decisão do PDT ocorreu em uma reunião comandada pelo ministro Carlos Lupi (Trabalho).

A Folha Online apurou que o argumento que teria convencido os senadores seria a garantia que a educação terá mais cerca de R$ 7,7 bilhões ao longo dos próximos três anos. A promessa foi transmitida aos cinco senadores e 25 deputados do PDT por intermédio de Lupi.

A líder do PT no Senado, Ideli Salvatti (SC), afirmou que, pelo cálculo atual, a educação perde recursos porque o repasse é feito com base em 80% do total da arrecadação. A idéia é autorizar que o repasse seja concedido a partir do total integral, sem exceção. "Como sou da área de educação, estou comemorando mais essa vitória", afirmou.

Porém, os pedetistas querem conhecer os detalhes da modificação que o governo promete executar, caso a CPMF seja prorrogada até 2011. De acordo com os senadores, ainda nesta quarta-feira o ministro Guido Mantega (Fazenda) deve conversar com a bancada do PDT no Senado para detalhar a proposta.

Ao longo das discussões sobre a aprovação da CPMF na Câmara, os deputados do PDT apoiaram a prorrogação da cobrança --a exceção foi Barbosa Neto (PDT-PR). No Senado, a bancada inicialmente disse ser favorável, depois mostrou-se dividida e agora oficializou que vai votar pela aprovação.

http://www1.folha.uol.com.br/folha/brasil/ult96u349478.shtml

quarta-feira, 28 de novembro de 2007

Oposição encerra obstrução e PEC da CPMF começa a tramitar no Senado

27/11/2007 - 20h04

GABRIELA GUERREIRO
da Folha Online, em Brasília

A oposição cumpriu a promessa e encerrou nesta terça-feira a obstrução às votações no plenário do Senado. Isso deu início à tramitação da PEC (proposta de emenda constitucional) que prorroga a CPMF (Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira) até 2011.

O presidente interino do Senado, Tião Viana (PT-AC), fez a leitura da PEC no plenário --o que automaticamente abriu o prazo de cinco sessões deliberativas (com votações) para que a matéria seja discutida pelos parlamentares.

Antes de ser colocada em votação, no entanto, a PEC terá que retornar para nova análise da CCJ (Comissão de Constituição e Justiça) caso receba emendas no plenário. DEM e PSDB já prometeram apresentar nesta quarta-feira 11 emendas ao texto.

Ao retornar à CCJ, o relator Romero Jucá (PMDB-RR) terá 15 dias para apresentar um parecer sobre a PEC. No total, o texto poderá ficar por 30 dias em tramitação na CCJ.

Depois de três semanas com a pauta do plenário trancada por duas medidas provisórias, a oposição desistiu de obstruir as votações --para que a CPMF começasse a tramitar no plenário-- porque considera que o governo não terá os 49 votos necessários para a aprovação da PEC. Juntos, DEM e PSDB calculam reunir pelo menos 33 votos contrários à matéria para inviabilizar sua aprovação.

Os governistas, por outro lado, garantem que vão conseguir reunir os 49 votos até o momento da votação em primeiro turno --que deve ocorrer entre o dia 14 e 18 de dezembro.

"É difícil contabilizar votos, saber um número preciso. Eu acho possível se chegar a 50 votos dentro dos 81 senadores", avaliou o líder do PMDB no Senado, Valdir Raupp (RO).

A votação em segundo turno, no entanto, está prevista para ocorrer na semana entre o Natal e o Ano Novo --período de esvaziamento da Casa Legislativa, o que anima a oposição.

Ritmo

Com a relatoria da CPMF nas mãos de Jucá, o governo poderá agora retardar ou acelerar a tramitação da matéria na CCJ se perceber que não possui os 49 votos para a sua aprovação no plenário. A oposição, que inicialmente defendia o atraso na tramitação, agora já fala que os governistas terão que retardar a votação no plenário diante do grande número de dissidências à CPMF.

Como a vigência do "imposto do cheque" termina no dia 31 de dezembro, DEM e PSDB avaliam que os governistas acabarão tendo que adiar a votação para o ano que vem sem o número de votos necessários --o que prejudica diretamente a arrecadação prevista pelo imposto.

"Vamos seguir o calendário oferecido pelo regimento do Senado. Agora, o governo é que vai querer retardar a tramitação da CPMF porque percebeu que não tem votos para a sua aprovação", disse o líder do DEM no Senado, José Agripino Maia (RN).

http://www1.folha.uol.com.br/folha/brasil/ult96u349205.shtml

segunda-feira, 26 de novembro de 2007

Lula vai ampliar diálogo com senadores do PMDB para aprovar CPMF

26/11/2007 - 20h13

GABRIELA GUERREIRO
da Folha Online, em Brasília

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva decidiu intensificar o diálogo com senadores em busca de votos para a prorrogação da CPMF (Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira) depois de ouvir reclamações em série de aliados sobre as dificuldades para o diálogo direto com o petista. A Folha Online apurou que o principal foco de irritação está no PMDB --partido com a maior bancada do Senado e considerado como fundamental para que a prorrogação da contribuição seja aprovada.

O líder do partido no Senado, Valdir Raupp (RO), admitiu que o presidente terá que fazer um corpo-a-corpo para garantir a aprovação da CPMF. "É importante o presidente da República conversar com alguns senadores. O ex-presidente Fernando Henrique Cardoso (PSDB) fazia muito isso", afirmou.

Questionado se o presidente Lula tinha como hábito manter conversas com os parlamentares, Raupp respondeu que não. O líder chegou a citar o exemplo do senador Jarbas Vasconcellos (PMDB-PE) --um dos peemedebistas contrários à prorrogação da CPMF que tentou por mais de seis meses marcar uma audiência com o presidente Lula sem sucesso.

Outros peemedebistas ouvidos pela Folha Online também reclamaram do fato de Lula não ter reunido a bancada do Senado, até hoje, para um prometido jantar. Desde a rebelião dos chamados "franciscanos" do partido contra o governo, Lula havia se comprometido em reunir a bancada para aproximar-se dos senadores, o que até hoje não ocorreu.

A oposição também acusa o governo da falta de diálogo. O líder do PSDB no Senado, Arthur Virgílio (AM), disse que o ex-ministro Walfrido dos Mares Guia (Relações Institucionais) não procurou os tucanos nenhuma vez para negociar matérias de interesse do próprio Executivo --prática que Virgílio defende que seja comum para o articulador político do governo.

Reforma tributária

A bancada do PMDB também ficou irritada com o recuo do presidente Lula na promessa de enviar uma proposta de reforma tributária ao Congresso até o dia 30 de novembro. O senador Valter Pereira (PMDB-MS), que já cogitava votar pela prorrogação da contribuição, disse que agora está em dúvidas porque o governo não manteve a palavra firmada com o partido.

"O governo recuou, eu também recuei. Vou sustentar que o partido não pode acompanhar o governo com o acordo descumprido. Um projeto de reforma tributária vai para a Câmara, portanto não existe isso de que poderia tumultuar a discussão da CPMF", afirmou Pereira.

O peemedebista disse que, durante reunião da coordenação política do governo na semana passada, deixou clara a sua insatisfação sobre o recuo na reforma tributária. O senador ficou irritado ao saber que a líder do PT no Senado, Ideli Salvatti (SC), havia afirmado que ele não se manifestou sobre o assunto durante a reunião com o presidente Lula.

"Eu coloquei isso explicitamente no momento em que o presidente Lula estava falando. Talvez a senadora não tenha me visto nem me ouvido", ironizou.

fONTE: Folha Uol

http://www1.folha.uol.com.br/folha/brasil/ult96u348867.shtml

domingo, 25 de novembro de 2007

Lula quer CPMF permanente na reforma tributária

25/11/2007


Em um esforço para tentar retomar o diálogo com o PSDB, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva autorizou o ministro Guido Mantega (Fazenda) e articuladores políticos do governo no Senado a convidar os tucanos para discutir o projeto de reforma tributária que o Executivo pretende enviar ao Congresso em breve.

A idéia é tentar trocar a aprovação da prorrogação da CPMF até 2011 pela redução significativa ou completa de um ou mais tributos num amplo acordo de reforma tributária. Mais: nessa operação, a CPMF poderia virar imposto permanente, com alíquota menor, caso haja mesmo um acordo em torno da reforma tributária.

O governo argumenta que o imposto do cheque, mesmo que venha a ter reduzida gradativamente a alíquota de 0,38% para 0,30%, é um tributo fundamental para o fechamento das contas públicas e o financiamento da Saúde e de programas sociais.

Nesse contexto, uma CPMF permanente interessaria ao PSDB, que tem dois presidenciáveis na praça, os governadores José Serra (SP) e Aécio Neves (MG). Faz sentido discutir uma reforma tributária que trocasse a confirmação em definitivo da CPMF como tributo em troca da redução ou extinção de outros.

Com razão, senadores e dirigentes do PSDB desconfiam que esse novo aceno de Lula seja abandonado depois de prorrogada a CPMF, já que o governo petista promete se empenhar por uma reforma tributária desde o primeiro mandato.

Se for apenas um factóide para prorrogar a CPMF, o resultado será o fortalecimento da ala do PSDB que bombardeia tentativas de diálogos e acordos entre tucanos e petistas.

Virado para a Lua

No governo FHC, as crises externas contribuíram para minar o crescimento do PIB (Produto Interno Bruto). Lula seria tão sortudo que, no seu caso, elas poderiam ajudar a resolver problemas. No mercado financeiro, tem gente que acha que a incerteza na economia americana está tão grande que talvez o governo nem precise fazer nada para o dólar voltar ao patamar de R$ 2,00.

Pura provocação

Ao ver no noticiário que o temor de Lula buscar um terceiro mandato seguido marcou o congresso do PSDB em Brasília, petistas criaram um slogan, em tom de brincadeira: "Se o segundo é melhor do que o primeiro, imagina o terceiro [mandato]".
Kennedy Alencar, 39, é colunista da Folha Online e repórter especial da Folha em Brasília. Escreve para Pensata às sextas e para a coluna Brasília Online, sobre os bastidores da política federal, aos domingos.

E-mail: kalencar@folhasp.com.br

Fonte: Folha Uol

http://www1.folha.uol.com.br/folha/colunas/brasiliaonline/ult2307u348200.shtml

sábado, 17 de novembro de 2007

CPMF SERÁ APROVADO, SEGUNDO HÉLIO FERNANDES:

Jucá, Mantega e Mares Guia

Altamente incompetentes, estão com os cargos ameaçados. Se a CPMF não for aprovada, serão reprovados.

Tentando fingir preocupação, porta-vozes do Planalto-Alvorada (os amestrados de sempre) espalham: "Podemos perder a votação da prorrogação da CPMF. Temos 53 votos, mas pelo menos 5 dessa base partidária estarão contra o governo". Pode até ser verdade, nesse caso, o Planalto-Alvorada ficaria SÓ com 48 votos. Mas e os 4 ou 5 certos, c-e-r- t-í-s-s-i-m-o-s no PSDB? E 1 ou 2 do DEM, que todos escondem para enganar que PSDB e DEM não brigam?

quinta-feira, 15 de novembro de 2007

Com isenção, assalariado ganha R$ 132

14/11/2007 - 08h33

MARCOS CÉZARI
da Folha de S.Paulo

A isenção da CPMF para os assalariados que ganham até R$ 2.894, se for aprovada, trará ganho de R$ 132,08 em 2008, no máximo. Isso porque, para esses trabalhadores, haveria redução da contribuição paga ao INSS até o limite daquele valor para compensar a CPMF.

Hoje, são isentos os salários até R$ 1.140 por mês. A isenção é feita através das alíquotas usadas para calcular a contribuição ao INSS --a de 8% cai para 7,65; a de 9%, para 8,65%.

Com base nessa sistemática, a atual alíquota de 11% seria reduzida para 10,65% (ou um percentual próximo) no caso dos ganhos até R$ 2.894 --valor correspondente ao teto da contribuição ao INSS, que é de R$ 2.894,28. Assim, o valor da contribuição máxima cairia de R$ 318,37 para R$ 308,21. A redução mensal seria de R$ 10,16, ou R$ 132,08 por ano, considerando o pagamento do 13º salário.

Para trabalhadores com renda até R$ 1.140, nada mudaria, pois eles já são isentos. Acima desse valor e até R$ 2.894 o ganho mensal seria crescente, até o máximo de R$ 10,16 --quem recebe R$ 2.500 pagaria menos R$ 8,75 por mês.

Pela proposta do governo, a alíquota da CPMF seria reduzida gradualmente até 2011. Em 2008, seria cobrado 0,36%. Isso representaria um ganho para os trabalhadores ao sacar o dinheiro. Para entender esse ganho, bastam dois exemplos: para uma conta com movimento de R$ 10 mil, o ganho seria de R$ 2 (de R$ 38 para R$ 36); para uma conta que movimente R$ 100 mil, o ganho seria de R$ 20 (de R$ 380 para R$ 360).

A redução da alíquota proposta pelo governo diminuiria a arrecadação da contribuição nos próximos anos. Segundo cálculos do IBPT (Instituto Brasileiro de Planejamento Tributário), no próximo ano o governo perderia cerca de R$ 2 bilhões --com o 0,38% de hoje, a receita prevista seria de R$ 38,5 bilhões; com 0,36%, cairia para R$ 36,5 bilhões.

Com a redução gradual, o IBPT estima as seguintes receitas: R$ 38,6 bilhões em 2009 (com 0,38%, seriam R$ 43,2 bilhões); R$ 39,9 bilhões em 2010 (R$ 47,4 bilhões) e R$ 40,9 bilhões em 2011 (R$ 51,9 bilhões).

Segundo o advogado Gilberto Luiz do Amaral, presidente do IBPT, as empresas do comércio seriam as mais beneficiadas com as reduções da alíquota, pois recebem e fazem mais pagamentos em dinheiro.

Segundo o IBPT, a CPMF eleva os preços finais dos produtos em 1,7%, em média.

Fonte: Folha Uol
http://www1.folha.uol.com.br/folha/brasil/ult96u345492.shtml

Lula parabeniza Adib Jatene por defesa de tributo

15/11/2007 - 08h37

da Folha de S, Paulo, em Brasília

O presidente Lula cumprimentou ontem Adib Jatene pela discussão que o ex-ministro da Saúde travou com o presidente da Fiesp (Federação das Indústrias do Estado de São Paulo), Paulo Skaf, a respeito da CPMF.

Lula disse que "tem uma pessoa que merece os parabéns. É o Adib Jatene, pelo que ele fez com o Paulo Skaf em São Paulo". Foi aplaudido pela platéia de sindicalistas, autoridades e militantes da área de saúde na abertura da 13ª Conferência de Saúde, que discute diretrizes para o Sistema Único de Saúde.

Em jantar na segunda-feira, Jatene disse ao presidente da Fiesp: "No dia em que a riqueza e a herança forem taxadas, nós concordamos com o fim da CPMF. Enquanto vocês não toparem, não concordamos. Os ricos não pagam imposto e por isso o Brasil é tão desigual. Têm que pagar! Os ricos têm que pagar para distribuir renda".

O público só vaiou Lula após ele dizer que pobre não paga a contribuição --"CPMF é coisa de rico".

O presidente da Câmara, Arlindo Chinaglia (PT-SP), acabou levando uma bronca, em tom de brincadeira. Ele conversava paralelamente à fala de Lula, repleto de números sobre o atendimento à saúde. "Presta atenção porque você precisará desses números para fazer discurso em defesa da saúde."

Fonte: Folha Uol

http://www1.folha.uol.com.br/folha/brasil/ult96u345843.shtml

quarta-feira, 14 de novembro de 2007

Governo admite que ainda não tem votos para CPMF (Blog do Josias)

14/11/2007 - 03h34

da Folha Online

O Planalto contabiliza em 45 os senadores supostamente comprometidos com a renovação da CPMF (Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira), informa o Blog do Josias. O próprio líder do governo Romero Jucá (PMDB-RR) deixou escapar o número num diálogo que manteve no Senado nesta terça-feira (13).

No instante em que o cumprimentava pela aprovação da prorrogação na CCJ (Comissão de Constituição e Justiça), uma senadora perguntou-lhe se o governo já estava preparado para o "round" seguinte, no plenário do Senado. "Só temos 45 votos", ele respondeu. Leia mais sobre o assunto no Blog do Josias.

Fonte: Folha Uol

http://www1.folha.uol.com.br/folha/brasil/ult96u345458.shtml

terça-feira, 13 de novembro de 2007

Governo aprova CPMF na CCJ depois de trocar rebeldes e propor alíquota menor

11/2007 - 21h42

GABRIELA GUERREIRO
RENATA GIRALDI
da Folha Online, em Brasília

Após uma série de manobras, a base governista conseguiu aprovar na CCJ (Comissão de Constituição e Justiça) do Senado o texto paralelo do líder do governo na Casa, Romero Jucá (PMDB-RR), que defende a prorrogação da cobrança da CPMF até 2011. A proposta segue agora para o plenário da Casa.

O relatório paralelo foi aprovado com 12 votos favoráveis e nove contrários. O texto da relatora Kátia Abreu (DEM-TO), que defendia a extinção da CPMF foi derrotado dentro da comissão.

O governo ainda precisa aprovar a PEC (Proposta de Emenda Constitucional) no plenário do Senado, onde são necessários o mínimo de 49 votos favoráveis em dois turnos de votação. A expectativa do governo é concluir a votação da PEC até o dia 18 de dezembro.

Para conseguir essa vitória na CCJ, o Planalto colocou em ação os ministros Walfrido dos Mares Guia (Relações Institucionais) e Guido Mantega (Fazenda), que receberam sinal verde do presidente Luiz Inácio Lula da Silva para negociar um acordo com os senadores do PMDB e PDT. Os dois ministros fecharam um acordo com os senadores aliados numa reunião realizada hoje de manhã. O acordo prevê a redução da alíquota da CPMF já a partir de 2008, isenção para assalariados que ganham até R$ 2.894, limite para os gastos com o funcionalismo público e envio da reforma tributária.

Mantega disse que todos os lados tiveram de ceder um pouco para haver um acordo. "Cada um de nós cedeu um pouco. É claro que a base queria reduções maiores de alíquotas, mas nós temos limitações orçamentárias."

Combinado a esse acordo, a tropa governista colocou em prática a estratégia de substituir os senadores da base tidos como "rebeldes" ou "indecisos". Hoje, foram substituídos Pedro Simon (PMDB-RS) e Gilvam Borges (PMDB-AP). Ontem, a líder Ideli Salvatti (PT-SC) substituiu Mozarildo Cavalcanti (PTB-RR) por ela mesma.

Simon foi substituído pelo líder do PMDB no Senado, Valdir Raupp (RO). Borges foi trocado pela senadora Roseana Sarney (PMDB-MA). Com a mudança, o único voto da bancada do PMDB contrário à CPMF foi o do senador Jarbas Vasconcelos (PE). O senador Valter Pereira (PMDB-MS), que também era dúvida na votação, votou no texto de Jucá.

Proposta do governo

Pela proposta apresentada hoje, a alíquota de 0,38% sofreria uma redução anual de 0,02 ponto percentual até chegar a 0,30% em 2011. Dessa forma, ela seria de 0,36% em 2008, de 0,34% em 2009, de 0,32% em 2010, e de 0,30% em 2011.

Além disso, trabalhadores da iniciativa privada com salário mensal de até R$ 2.894 seriam isentos da CPMF. O abatimento se daria por meio da redução da alíquota de contribuição ao INSS (Instituto Nacional do Seguro Social).

O governo também incluiu na proposta um limitador para os gastos com funcionários públicos de 2,5% ao ano mais a variação da inflação. Mantega também se comprometeu a enviar uma proposta de reforma tributária ao Congresso até o final deste mês.

Mantega sinalizou que essa é a proposta final do governo, que não deve fazer novas concessões para aprovar a CPMF. "Nós chegamos ao limite da negociação. Para cedermos mais, teremos de desfigurar a proposta orçamentária e reduzir investimentos do governo."

Fonte: Folha Uol

http://www1.folha.uol.com.br/folha/brasil/ult96u345350.shtml

CCJ do Senado rejeita parecer contrário à prorrogação da CPMF

13/11/2007 - 21h33

RENATA GIRALDI
GABRIELA GUERREIRO
da Folha Online, em Brasília

A CCJ (Comissão de Constituição e Justiça) do Senado rejeitou nesta terça-feira o relatório da senadora Kátia Abreu (DEM-TO), que defendia a extinção da CPMF (Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira). Os senadores votam ainda hoje o texto paralelo de Romero Jucá (PMDB-RR), que defende a prorrogação da cobrança até 2011.

Ontem, integrantes da CCJ pediram vista coletiva ao relatório de Kátia Abreu e Jucá apresentou voto em separado à matéria pedindo a prorrogação do chamado "imposto do cheque". O governo ainda precisa aprovar a PEC (Proposta de Emenda Constitucional) no plenário do Senado, onde precisa de 49 votos favoráveis em dois turnos de votação. A expectativa do governo é concluir a votação da PEC até o dia 18 de dezembro.

Nesta terça-feira, governo e aliados fecharam um acordo para aprovar a prorrogação da CPMF. A proposta prevê a redução da alíquota da CPMF já a partir de 2008, isenção para assalariados que ganham até R$ 2.894, limite para os gastos com o funcionalismo público e envio de uma proposta de reforma tributária.

"A base está coesa e confiante nos 49 votos no plenário", disse Jucá após encontro com os ministros Guido Mantega (Fazenda) e Walfrido dos Mares Guia (Relações Institucionais) e líderes da base aliada na Casa.

Mantega disse que todos os lados tiveram de ceder um pouco para haver um acordo. "Cada um de nós cedeu um pouco. É claro que a base queria reduções maiores de alíquotas, mas nós temos limitações orçamentárias."

Pela proposta apresentada hoje, a alíquota de 0,38% sofreria uma redução anual de 0,02 ponto percentual até chegar a 0,30% em 2011. Dessa forma, ela seria de 0,36% em 2008, de 0,34% em 2009, de 0,32% em 2010, e de 0,30% em 2011.

Além disso, trabalhadores da iniciativa privada com salário mensal de até R$ 2.894 seriam isentos da CPMF. O abatimento se daria por meio da redução da alíquota de contribuição ao INSS (Instituto Nacional do Seguro Social).

O governo também incluiu na proposta um limitador para os gastos com funcionários públicos de 2,5% ao ano mais a variação da inflação. Mantega também se comprometeu a enviar uma proposta de reforma tributária ao Congresso até o final deste mês.

Segundo o ministro, essa proposta permitirá que o governo aprove a prorrogação da cobrança da CPMF até 2011 sem os votos do PSDB ou do DEM --que prometem votar contra a proposta.

Mantega sinalizou que essa é a proposta final do governo, que não deve fazer novas concessões para aprovar a CPMF. "Nós chegamos ao limite da negociação. Para cedermos mais, teremos de desfigurar a proposta orçamentária e reduzir investimentos do governo."

Rebeldes

Senadores indecisos, independentes e que não haviam declarado voto indicaram que devem aceitar a prorrogação da CPMF após a nova proposta do governo.

O PDT ainda não fechou questão, mas o senador Osmar Dias (PDT-PR) disse que a tendência é de a legenda aceitar a proposta e votar unido a favor da CPMF.

Outro "rebelde", o senador Valter Pereira (PMDB-MS), afirmou que a proposta "abriu o caminho para uma extinção futura da CPMF".

Jefferson Péres (PDT-AM) --que apesar de integrar a base é considerado independente e pertencente ao grupo dos "éticos"-- disse que aceita votar a favor da CPMF.

O governo reforçou a busca de um acordo com os partidos aliados depois do fracasso das negociações com o PSDB. A proposta oferecida aos tucanos previa uma isenção maior de CPMF: salários até R$ 4.340.

Acima disso, a isenção seria parcial e limitada a R$ 214 ao ano. No entanto, a proposta feita ao PSDB não previa a redução da alíquota da CPMF já a partir de 2008.

Fonte: Folha Uol
http://www1.folha.uol.com.br/folha/brasil/ult96u345283.shtml

Veja como votaram os senadores da CCJ sobre a prorrogação da CPMF

13/11/2007 - 21h56

da Folha Online

A base governista conseguiu hoje aprovar na CCJ (Comissão de Constituição e Justiça) do Senado a prorrogação da cobrança da CPMF até 2011. Veja abaixo como votaram os senadores que integram a comissão:

A favor da prorrogação da CPMF

  1. Almeida Lima (PMDB-SE)
  2. Aloizio Mercadante (PT-SP)
  3. Antônio Carlos Valadares (PSB-SE)
  4. Eduardo Suplicy (PT-SP)
  5. Epitácio Cafeteira (PTB-MA)
  6. Ideli Salvatti (PT-SC)
  7. Romero Jucá (PMDB-RR)
  8. Serys Slhessarenko (PT-MT)
  9. Sibá Machado (PT-AC)
  10. Valdir Raupp (PMDB-RO)
  11. Valter Pereira (PMDB-MS)
  12. Wellington Salgado (PMDB-MG)

Contra a prorrogação da CPMF

  1. Adelmir Santana (DEM-DF)
  2. Álvaro Dias (PSDB-PR)
  3. Antonio Carlos Júnior (DEM-BA)
  4. Arthur Virgílio (PSDB-AM)
  5. Demóstenes Torres (DEM-GO)
  6. Kátia Abreu (DEM-TO)
  7. Jarbas Vasconcelos (PMDB-PE)
  8. Lúcia Vânia (PSDB-GO)
  9. Tasso Jereissati (PSDB-CE)

Abstenção

  1. Jefferson Péres (PDT-AM)
Fonte: Folha Uol

http://www1.folha.uol.com.br/folha/brasil/ult96u345314.shtml

CCJ do Senado rejeita adiamento da votação da CPMF

13/11/2007 - 21h08

GABRIELA GUERREIRO
da Folha Online, em Brasília

A CCJ (Comissão de Constituição e Justiça) do Senado rejeitou na noite desta terça-feira o adiamento da votação da PEC (Proposta de Emenda Constitucional) que prorroga a CPMF (Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira) até 2011. O adiamento foi solicitado pelo senador Marconi Perilo (PSDB-GO). Foram 12 votos contra e oito a favor do adiamento.

O pedido foi mais uma manobra da oposição para tentar postergar a votação da proposta na CCJ. Com a rejeição do adiamento, os senadores votam a proposta ainda hoje.

A discussão da CPMF na CCJ começou por volta das 15h40 de hoje. A sessão começou com a leitura do relatório paralelo feito pelo líder do governo no Senado, Romero Jucá (PMDB-RR).

Em seu texto, Jucá afirma que a prorrogação da CPMF é fundamental ao país por aspectos fiscais e orçamentários.

"A necessidade de prorrogação da CPMF, para não comprometer os gastos sociais e os investimentos, fica evidente em uma breve análise dos números da proposta orçamentária para 2008. A receita dessa contribuição, prevista em R$ 40 bilhões, tem sua destinação prevista para a área social", argumenta Jucá no texto.

A estratégia do governo é aprovar o relatório de Jucá e rejeitar o elaborado pela senadora Kátia Abreu (DEM-TO) --que sugere o fim da cobrança. Se o relatório dela for rejeitado, Jucá assume a relatoria da matéria e deve acelerar a tramitação da proposta.

Fonte: Folha Uol

http://www1.folha.uol.com.br/folha/brasil/ult96u345431.shtml

Planalto ganha de 13 a 9 na 1ª batalha sobre a CPMF (Blog do Josias)

13/11/2007 - 03h39

da Folha Online

As próprias lideranças da oposição já reconhecem a provável vitória do governo no confronto inaugural da guerra da CPMF (Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira), marcado para as 16h desta terça-feira (13), na CCJ (Comissão de Constituição e Justiça) do Senado, informa o Blog do Josias.

Os integrantes da CCJ do Senado pediram vista coletiva nesta segunda-feira (12) ao relatório da senadora Kátia Abreu (DEM-TO) que defende a extinção da CPMF. O líder do governo no Senado, Romero Jucá (PMDB-RR), apresentou voto em separado à matéria com o pedido para que a CPMF seja prorrogada até 2011.

O presidente da CCJ, senador Marco Maciel (DEM-PE), acatou o pedido de vista por 24 horas --o que adia a votação do texto para esta terça-feira.

Prevendo uma derrota, o DEM --incentivado pelo novo fôlego oposicionista do PSDB--, prepara-se para a segunda batalha, no plenário do Senado. Leia mais sobre o assunto no Blog do Josias.

Fonte: Folha Uol

http://www1.folha.uol.com.br/folha/brasil/ult96u345121.shtml

segunda-feira, 12 de novembro de 2007

Pedido de vista adia votação de relatório sobre CPMF para amanhã na CCJ

12/11/2007 - 16h35

GABRIELA GUERREIRO
da Folha Online, em Brasília

Os integrantes da CCJ (Comissão de Constituição e Justiça) do Senado pediram vista coletiva esta tarde ao relatório da senadora Kátia Abreu (DEM-TO) que defende a extinção da CPMF (Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira) até 2011. O líder do governo no Senado, Romero Jucá (PMDB-RR), apresentou voto em separado à matéria com o pedido para que a CPMF seja prorrogada até 2011.

"Esperei até o último momento para que a senadora Kátia Abreu pudesse apresentar o seu relatório favorável à CPMF. Como isso não ocorreu, apresentei à Mesa voto em separado para que possa ser, também, no mesmo momento, apreciado com o pedido de prorrogação da contribuição", afirmou o líder.

Alan Marques/Folha Imagem
Na CCJ, Katia Abreu recomenda redução de gastos para substituir fim da CPMF
Na CCJ, Katia Abreu recomenda redução de gastos para substituir fim da CPMF

O presidente da CCJ, senador Marco Maciel (DEM-PE), acatou o pedido de vista por 24 horas --o que adia a votação do texto para esta terça-feira. Se o texto de Kátia Abreu for rejeitado pela CCJ, o voto em separado de Jucá será automaticamente aprovado pela comissão e seguirá para votação no plenário do Senado.

Se receber emendas no plenário, o texto voltará para nova análise da CCJ --que terá 30 dias para analisar as emendas

Voto em separado

Em seu texto, Jucá afirma que a prorrogação da CPMF é fundamental ao país por aspectos fiscais e orçamentários.

"A necessidade de prorrogação da CPMF, para não comprometer os gastos sociais e os investimentos, fica evidente em uma breve análise dos números da proposta orçamentária para 2008. A receita dessa contribuição, prevista em R$ 40 bilhões, tem sua destinação prevista para a área social", argumenta Jucá no texto.

O relatório do governista aponta o contrário do que argumenta Kátia Abreu: que o fim da CPMF vai trazer prejuízos à manutenção de programas sociais como o Bolsa Família.

Segundo Jucá, além do Fundo de Combate e Erradicação da Pobreza, a CPMF é essencial para garantir 0,20% de seus recursos ao Fundo nacional da Saúde, além de 0,10% para o custeio da previdência social.

Jucá também rebate em seu as texto sugestões apresentadas por Kátia Abreu para que a CPMF seja extinta. Segundo o senador, o governo federal não tem condições de reduzir o superávit primário nem reduzir investimentos e despesas discricionárias passíveis de contingenciamento.

"As duas alternativas são indesejáveis. Reduzir os investimentos públicos também seria extremamente negativo dada a necessidade de melhorar a infra-estrutura para viabilizar o crescimento da economia", diz Jucá no texto.

O líder defende que o Senado acate de forma integral a PEC aprovada na Câmara que prorroga a CPMF, com a rejeição do texto apresentado por Kátia Abreu. Os governistas não querem mudanças no texto aprovado pelos deputados porque, se sofrer modificações, terá que retornar à Câmara para nova votação.






http://www1.folha.uol.com.br/folha/brasil/ult96u344991.shtml

sábado, 10 de novembro de 2007

Lula admite falha em negociação com PSDB sobre CPMF, mas acredita em prorrogação

10/11/2007 - 17h45

Da Folha Online

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva admitiu hoje que houve falhas na negociação entre o governo e a cúpula do PSDB sobre o apoio do partido à PEC (proposta de emenda constitucional) que prorroga a cobrança da CPMF até 2011. Os primeiros termos do acordo vazaram para a imprensa antes da cúpula do PSDB ser informada sobre o que seria oferecido pelo governo.

"O bom acordo é aquele que você faz em silêncio e depois você anuncia o resultado dele, da forma, eu diria, consagradora", disse Lula após sessão Plenária da Conferência dos Chefes de Estado e de Governo Ibero-Americanos, em Santiago, no Chile.

Lula afirmou que a relação entre o governo e o PSDB não é fácil e, muitas vezes, se dá pela imprensa. "Eu nunca acreditei em qualquer acordo que você faça pela imprensa. Desde os anos de 1975, quando eu negociava com o presidente do sindicato, se uma notícia saísse antes de você fazer a negociação, a negociação estaria atrapalhada. Por quê? Porque isso cria ciumeiras internas, porque isso cria debates desnecessários."

Os líderes do governo na Câmara e no Senado --José Múcio (PTB-PE) e Romero Jucá (PMDB-RR)-- deram entrevistas contando detalhes da proposta do governo antes de conversarem com a cúpula do PSDB. Os tucanos não gostaram do vazamento e acabaram rejeitando a proposta do governo,

Apesar de admitir as falhas da negociação, Lula afirmou que acredita que o governo conseguirá aprovar a PEC da CPMF no Senado, onde precisa de 49 votos favoráveis, no mínimo. "Nós temos maioria para votar a CPMF", disse o presidente.

O presidente afirmou ainda acreditar na possibilidade de voltar a negociar com o PSDB. "Eu ainda acredito nas conversações com o PSDB. Nós temos algum tempo ainda, de forma que eu estou tranqüilo com a votação da CPMF. Estou tranqüilo, até porque eu, como democrata, aprendi que a gente, quando manda uma coisa para o Congresso Nacional, a gente ganha ou a gente perde."

Fonte: Folha Uol

http://www1.folha.uol.com.br/folha/brasil/ult96u344544.shtml

sexta-feira, 9 de novembro de 2007

CPMF permite um controle maior no que se refere à incidência do Imposto de Renda sobre as operações de capital (Pedro do Couto)



Pedro do Couto, em sua coluna, na Tribuna da Imprensa:

CPMF pouco tem a ver com salário

O ministro Guido Mantega propôs à oposição um acordo em torno da CPMF que inclui uma redução no Imposto de Renda para os assalariados que ganham até 4 mil e 300 reais por mês. Poderiam deduzir 214 reais na declaração do IR de 2008 que apresentariam em 2009. E, para os que ganham até 1.716 reais, estes teriam direito a pagar menos 0,38 por cento do que descontam hoje para o INSS. Nenhuma das duas alternativas faz sentido.

A CPMF é um imposto que incide sobre o capital, movimentação financeira, não especificamente em cima do salário. A idéia está desfocada. Criaria um esquema burocrático complicado sem efeito prático algum. Veja-se o seguinte: se com uma alíquota de 0,38 por cento sobre a circulação de cheques a CPMF produz, este ano, 36 bilhões de reais é porque a movimentação financeira anual, agora, em 2007, alcança algo em torno de 1 trilhão e 200 bilhões.

É só projetar o percentual à base de 1 por cento e, em seguida, dividir por 3,3. Os vencimentos do trabalho entram na movimentação financeira, mas com um peso muito menor do que o capital. Tanto é assim que, do Produto Interno Bruto de quase 2 trilhões, os salários pesam 600 bilhões de reais.

A solução não é por aí. Permitir um desconto anual teórico de 214 reais não representa nada. Jogo para arquibancada e nada mais. Desonerar 0,38 por cento na contribuição para o INSS, isso é um desastre. Criaria um desequilíbrio muito grande. Prejudicaria as aposentadorias e pensões sem resolver nada. Como o orçamento da Previdência Social, neste exercício, é de 189 bilhões, o percentual a ser abatido corresponderia aproximadamente a 600 milhões de reais. Mas a questão não acaba aí.

A receita do INSS é proporcionada pela contribuição dos empregadores e empregados. Os empregadores entram com 22 por cento sobre a folha de salários, sem limite. Os empregados descontam, em média, 10 por cento, mas até o teto correspondente a dez salários mínimos. O que dá o máximo mensal de 380 reais. Os empresários, de fato, são os que sustentam o sistema previdenciário, como se vê. Não há limite para o seu desconto. Têm o direito, aliás como os empregados, de deduzir o montante recolhido do Imposto de Renda. Mas esta é outra coisa.

Pela proposta do titular da Fazenda os empregadores poderiam reduzir também o que pagam ao INSS? Não está clara a colocação do tema, como se vê. Mas, mesmo que estivesse, não adiantaria nada. Guido Mantega está misturando encargos do capital com os que têm que ser suportados pelo trabalho. Nada a ver. Além do mais, o que são 214 reais por ano de dedução? Praticamente nada. A CPMF dificilmente - é verdade - pode ser substituída. Nem tanto em função da receita direta que proporciona. Basta ver que a receita tributária estimada para 2007 é de 658,7 bilhões de reais, enquanto o produto da CPMF está contido na escala de 36 bilhões. Mas sim porque o imposto sobre o cheque - aí sim - bloqueia uma série de hipóteses de sonegação. O controle da Fazenda sobre os rendimentos (do capital) passa a ser muito maior.

O controle sobre os salários já é total. Pois o desconto começa na fonte e termina na declaração anual de ajuste. Descontados na fonte, os assalariados não têm como escapar. Da mesma forma quando declaram anualmente. Pois se as empresas são obrigadas a efetuar os recolhimentos, o deles e de seus empregados, a fiscalização automaticamente torna-se absoluta.

Mesmo assim, no entanto, há empresas que fogem dos recolhimentos mensais. E não apenas os clubes esportivos. Se fossem apenas estes os sonegadores, a receita do INSS seria muito maior do que é. Basta lembrar, como publicou o Tribunal de Contas da União, com base em relatório primoroso do ministro Ubiratan Aguiar, que as dívidas de empresas para com a Previdência Social atingiram no final de 2006 o incrível montante de 144 bilhões de reais.

Cresceram 12 por cento em relação ao endividamento que possuíam em dezembro de 2005. No mesmo período de doze meses, enquanto o estoque da dívida subia 12 por cento, o resultado concreto das cobranças judiciais produzia um efeito de somente 0,5 por cento. Houve assim um aumento de 11,5 por cento na massa acumulada.

Como a inflação em 2006 foi de 3 por cento, verificou-se uma elevação real da ordem de 8,5 por cento. Muita coisa. Sobretudo porque tal processo parece não ter fim. Há alguns anos, o relator das contas previdenciárias foi o ministro Marcos Vilaça. Detectou um total de dívidas da ordem de 92 bilhões de reais, lembro bem. Num espaço de cinco anos, mais ou menos, os não pagamentos estocados na conta da Previdência subiram nada menos que 50 por cento. Por que o ministro Guido Mantega não se preocupa com tal fenômeno?

As dívidas de emresas para com o INSS são praticamente 4 vezes maiores do que a receita anual proporcionada pela CPMF. A Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira permite um controle maior no que se refere à incidência do Imposto de Renda sobre as operações de capital. Muito pouco quanto aos salários. Por que, então, esta conversa de conceder isenções mínimas aos assalariados para aprovar a prorrogação da CPMF? A Fazenda agiria melhor indo direto ao assunto. Uma questão de lógica e, sobretudo, de transparência.

Fonte: Tribuna da Imprensa Online

http://www.tribuna.inf.br/pedro.asp

quarta-feira, 7 de novembro de 2007

Bancada tucana no Senado votará contra CPMF

Márcia Kalume
Senadores tucanos em reunião com Jereissati

BRASÍLIA - Ao final de duas semanas de negociação com o governo para prorrogar a Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira (CPMF), o PSDB rejeitou ontem a proposta feita pelo Ministério da Fazenda e considerou encerradas as conversações. Insatisfeita com a proposta da equipe econômica de isentar da CPMF trabalhadores assalariados que recebem até R$ 4.340 mensais, a bancada tucana no Senado decidiu, por 9 votos contrários e apenas 4 favoráveis ao governo, votar contra a prorrogação da CPMF até 2011.

Só a Executiva Nacional do partido tem o poder de fechar questão e obrigar a bancada a seguir a orientação partidária, mas os principais líderes tucanos saíram da reunião afirmando que todos os senadores haviam concordado em fechar posição contra a CPMF.

O presidente nacional do partido, senador Tasso Jereissati (CE), foi o único que ponderou sobre o "risco" de se tirar R$ 40 bilhões do governo Lula de uma só vez, recusando a CPMF. Tasso ainda tentou reabrir as negociações, dizendo que o partido poderia avaliar uma proposta do governo que desonerasse a carga tributária em cerca de R$ 10 bilhões.

A maioria da bancada tucana recusou a idéia. O senador Sérgio Guerra (PE), que deverá substituir Jereissati no comando do PSDB a partir da convenção nacional, marcada para o dia 23, também defendeu a continuidade da negociação, mas usou outro argumento.

Disse que era contra a CPMF, mas que os governadores deveriam ser ouvidos antes da bancada tomar sua decisão. A tese de esticar a conversa com o governo teve, ainda, o apoio da senadora Lúcia Vânia (GO) e do senador Eduardo Azeredo (MG).

Reação

Informado da decisão, o líder do PMDB no Senado, Valdir Raupp (RO), tentou minimizar o peso político dos tucanos, considerados fundamentais ao sucesso da ofensiva do Planalto para obter o voto de pelo menos 49 dos 81 senadores em favor da CPMF.

"Dá para trabalhar sem o PSDB. Nós temos número", minimizou. Não é o que avalia a oposição. O líder do Democratas, senador José Agripino (RN), aposta que, agora, será possível aprovar, na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), o relatório da senadora Kátia Abreu (DEM-TO), rejeitando a CPMF.

Nesse caso, restará ao governo a alternativa de apresentar nova proposta de negociação. "Não tenho dúvidas de que haverá uma alternativa deles em plenário", afirmou Agripino. De qualquer forma, não será tarefa fácil reunir 49 senadores para prorrogar a contribuição.

Pela contabilidade da oposição, os 27 senadores do PSDB e do Democratas somados aos votos dos dissidentes da base governista, a maioria do PMDB, passam a ser o fiel da balança para decidir o destino da CPMF.

Os números da oposição revelam que os rebeldes somam, hoje, pelo menos 32 votos, mesmo que os cinco senadores do PDT dêem seus votos em favor da prorrogação, o que as cúpulas dos tucanos e do Democrata consideram pouco provável. Nessa conta, estão três rebeldes do PMDB - Mão Santa (PI), Geraldo Mesquita (AC) e Pedro Simon (RS), além do petebista Mozarildo Cavalcanti (RR) e do senador Expedito Júnior (PR-RO).

Argumentos

"O PSDB considerou a proposta muito aquém do que seria relevante. Por isso, a bancada nem quis aprofundar a análise do que foi proposto", explicou Tasso Jereissati. Anfitrião do almoço em que os tucanos tiraram posição contra a CPMF, Tasso disse que, "em relação à proposta feita, a posição do partido é irreversível", mas deixou aberta a possibilidade de o partido seguir negociando com o governo.

Foi quando Sérgio Guerra interveio, para corrigi-lo. "A negociação acabou. A proposta não foi aceita e a bancada disse que a conversa está encerrada. Agora, o governo vai cuidar da vida dele e nossos governadores também", esclareceu Guerra.

"A decisão foi terminativa. A bancada não autoriza mais negociação", concordou o senador Álvaro Dias (PR). Ao final, Tasso avaliou que é "muito difícil o PSDB mudar de opinião", uma vez que "a proposta do governo foi totalmente insatisfatória".

"Recuo não se cogita porque seria a desmoralização do PSDB", avaliou Álvaro Dias mais tarde, convencido de que o momento é adequado para se rever uma imposto que é provisório. "Hoje, o excesso de arrecadação permite ao governo chegar ao equilíbrio orçamentário sem a CPMF, reduzindo gastos", justificou Dias, frisando que o voto contra a contribuição é o caminho correto, "porque o provisório, em matéria tributária, desorganiza o País".

Ele ponderou, ainda, que a médio prazo a desoneração resulta em crescimento econômico, o que é um argumento que vem a favor dos presidenciáveis do partido. Àquela altura, os governadores tucanos de Minas Gerais, Aécio Neves, e de São Paulo, José Serra, já haviam sido comunicados da decisão.

O líder Arthur Virgílio (AM), que na reunião colocara o ponto de vista dos governadores favoráveis à negociação e ao final votara contra o prosseguimento da conversa, foi encarregado de telefonar para Aécio. O governador mineiro aceitou a decisão, mas ponderou que, a seu ver, o partido deveria continuar conversando com o governo.

"Os governadores até fizeram empenho para que o partido fechasse um acordo, mas a proposta do governo não satisfez", explicou Álvaro Dias. Como não foi localizado no início da tarde por Tasso, o governador José Serra só foi oficialmente comunicado da decisão às 16h40, em telefonema de Sérgio Guerra.

"E o que eu faço agora?", perguntou Serra, preocupado com o encaminhamento dos interesses da administração paulista junto ao governo federal, o que inclui o aval de um empréstimo externo de R$ 4 bilhões. "Não faça nada", encerrou Guerra.

Fonte: Tribuna da Imprensa

http://www.tribuna.inf.br/noticia.asp?noticia=politica06

sexta-feira, 2 de novembro de 2007

Ministro Paulo Bernardo defende que CPMF seja permanente


Agência Senado
Ministro Paulo Bernardo disse que tributo é eficiente na
arrecadação e no combate à sonegação


BRASÍLIA - A área econômica do governo defendeu ontem a transformação em imposto permanente da Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira (CPMF). Em meio às negociações do governo para obter do Senado a prorrogação do imposto do cheque por mais quatro anos, o ministro do Planejamento, Paulo Bernardo, defendeu, em audiência pública no Congresso, a transformação do tributo de provisório em permanente.

Para ele, isso deveria ser feito no âmbito da reforma tributária, que ainda será encaminhada pelo governo ao Congresso. "Eu defendo que ela seja permanente, com redução de alíquotas", afirmou. Bernardo disse que a permanência do tributo é importante para o combate à sonegação, por meio da fiscalização, mas também para gerar "alguma arrecadação".

Sem ser tão enfático sobre a perpetuação da CPMF, o ministro da Fazenda, Guido Mantega, disse não ver possibilidades da CPMF ser extinta em quatro anos. A afirmação foi feita em resposta a questionamento do senador Valter Pereira (PMDB-MS), defensor de uma redução de alíquotas nos próximo quatro anos até a eliminação do tributo.

"Não vejo possibilidade de extinção desse tributo em quatro anos. O que podemos é vislumbrar desoneração ao longo dos anos", disse o ministro, destacando os estudos do governo para diminuir o peso da CPMF para as pessoas físicas.

Mantega reconheceu que a carga tributária é elevada, mas afirmou que a questão é sobre como devem ser feitas as desonerações. Seguindo a linha de apontar o suposto desastre que seria a eliminação do tributo, Mantega destacou que a simples extinção da CPMF teria conseqüências muito sérias, levando a cortes drásticos nos investimentos e prejudicando o equilíbrio fiscal.

"O equilíbrio fiscal é importante, em especial em tempos de turbulência", disse Mantega, mencionando a crise no mercado internacional ocorrida nos últimos meses. Como fez o presidente do Banco Central, Henrique Meirelles, nesta semana, ele afirmou que a taxa de juros pode subir se a prorrogação da CPMF não for aprovada pelo Senado, pois representaria uma ameaça para a estabilidade fiscal do País.

"Se tirar a CPMF haverá, sim, conseqüências. A taxa de juros poderá ser elevada porque ameaçaria esse equilíbrio fiscal que nós alcançamos", afirmou Mantega. O ministro rebateu a tese de que a alta da arrecadação permitiria que o governo abrisse mão da CPMF.

Segundo ele, do crescimento previsto nas receitas para o ano que vem da ordem de R$ 73,5 bilhões, apenas R$ 9,8 bilhões estão disponíveis para despesas não obrigatórias do governo. "O orçamento é muito vinculado. É um equívoco dizer que, mesmo acabando com a CPMF, ainda sobraria dinheiro", afirmou.

Paulo Bernardo, que disse ter votado contra a criação da CPMF, destacou que se a decisão do Congresso for pelo fim do tributo, será preciso encontrar outras receitas para custear as despesas que hoje são pagas com a arrecadação do imposto do cheque.

Em resposta ao senador José Agripino Maia (DEM-RN), Bernardo disse que o Brasil não quebraria sem o tributo, mas poderia entrar numa crise e desfazer todos os avanços obtidos nos últimos anos. Na mesma audiência pública, realizada na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado, Mantega, anunciou mais um adiamento da entrega do projeto de reforma tributária, que no discurso é prioridade do governo.

Segundo ele, o projeto será apresentado em 30 dias. No início do ano, o governo disse que o projeto de reforma tributária estaria pronto em agosto, mas desde então vem, sucessivamente, prorrogando o prazo.

Fonte: Tribuna da Imprensa Online

http://www.tribuna.inf.br/noticia.asp?noticia=politica01

quinta-feira, 1 de novembro de 2007

segunda-feira, 29 de outubro de 2007

Maioria dos governadores aprova prorrogar CPMF

Arquivo

Governo federal tem apoio de estados mas terá de negociar divisão do tributo e redução da alíquota

SÃO PAULO - Em meio à polêmica gerada em torno da CPMF, o governo federal já conta com a ajuda da maioria dos estados brasileiros em sua campanha para aprovar no Senado a emenda que estende até 2011 a cobrança do tributo. O apoio formal vem de pelo menos 15 governadores ao chamado imposto do cheque.

Apesar de não terem respondido a uma enquete sobre o assunto, outros três estados - Paraná, Rio e Sergipe - somam-se à lista e elevam esse número para 18, já que seus governadores apoiaram publicamente a prorrogação ao longo das últimas semanas.

A tropa de choque em favor da contribuição sobe para pelo menos 20 estados, se considerados os governadores que trabalham nos bastidores pela aprovação. É o caso dos tucanos José Serra (São Paulo) e Aécio Neves (Minas Gerais).

De olho na cadeira de presidente da República a partir de 2010, os dois governadores têm interesse em assegurar que a receita anual de quase R$ 40 bilhões gerada com a CPMF continue a abastecer os cofres públicos.

Nem Aécio nem Serra responderam à enquete encaminhada a todos os governos estaduais. A assessoria do governador mineiro não atendeu aos pedidos da reportagem, assim como Acre, Amapá, Distrito Federal e Sergipe. Serra, por sua vez, integra o grupo dos que avisaram que não se pronunciariam sobre o assunto. Na mesma lista estão ainda Amazonas, Paraíba, Paraná e Rio, sendo que os dois últimos se limitaram a confirmar a posição favorável à prorrogação da CPMF.

Apesar da resistência de alguns estados em comentar publicamente o assunto, todos os 15 governadores ouvidos no levantamento disseram-se favoráveis a estender a cobrança por mais quatro anos, independentemente de estarem ou não alinhados com o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

É o caso, por exemplo, do tucano Teotônio Vilela Filho, que está à frente do governo de Alagoas. Da mesma forma, a governadora do Rio Grande do Sul e também do PSDB, Yeda Crusius, engrossou o coro em apoio à cobrança da CPMF, ao reafirmar as sucessivas declarações que tem dado sobre o assunto.

Argumentos

Independentemente de integrarem a base aliada ou a oposição, vários governadores basearam seu discurso de apoio à CPMF na importância da arrecadação para o Orçamento da União.

"Os recursos apurados são essenciais para o financiamento do Estado brasileiro, particularmente dos serviços públicos essenciais, como SUS", afirmou o governador de Pernambuco, Eduardo Campos (PSB), em referência ao Sistema Único de Saúde.

"Quem governa, seja PSDB, PFL (DEM), PT ou meu partido, o PSB, não consegue administrar o Brasil se tiver de abrir mão dessa receita", acrescentou o governador do Ceará, Cid Gomes. Em Tocantins, o governador Marcelo Miranda (PMDB) disse que a receita resultante da contribuição representa hoje algo "imperioso" para o País. Já as governadoras Ana Júlia (PT), do Pará, e Yeda Crusius argumentaram que não há como abrir mão da arrecadação, pelo menos enquanto não for concretizada uma reforma tributária no País.

Outra parcela dos governadores que participaram da enquete justificaram o apoio pelas características da contribuição.

"É o único imposto brasileiro pago por ricos e pobres", afirmou o governador do Maranhão, Jackson Lago (PDT). Na mesma linha, o governador de Santa Catarina, Luiz Henrique da Silveira (PMDB), disse se tratar de uma "contribuição justa". "Paga mais quem ganha mais", avaliou. O governador do Piauí, Wellington Dias (PT), declarou sempre ter sido a favor da cobrança da CPMF como um instrumento fiscalizador.

"Eu estou mais convicto ainda de que a CPMF é um imposto muito justo e fácil de operar tanto por quem paga como por quem recebe", destacou.

Unanimidade

Independentemente das razões que os levam a apoiar a CPMF, todos os 15 governadores que participaram do levantamento acreditam que o governo federal conseguirá aprovar a prorrogação da contribuição. Mesmo quem defende alterações no texto que aguarda votação no Senado avalia que a emenda tende a passar do jeito que está.

Empenhada em tirar as contas do vermelho em seu estado, Yeda Crusius disse ver chances de a equipe do presidente Lula oferecer algumas contrapartidas, como a regulamentação da Emenda 29, que define a aplicação de recursos na área da saúde. De qualquer jeito, a emenda será provavelmente aprovada, na opinião da governadora do Rio Grande do Sul.

"Será aprovada e, na atual conjuntura de centralização política sobre o Congresso Nacional, possivelmente sem qualquer modificação", disse Yeda. "Vai depender somente da negociação do governo com o Legislativo, mas acho que aprova do jeito que o governo quiser", completou o governador de Rondônia, Ivo Cassol (PPS).

domingo, 28 de outubro de 2007

PSDB fixa prazo para o fim da negociação da CPMF

28/10/2007 - 22h04

Da Folha Online

O PSDB impôs como limite temporal para o término da costura com o governo o dia da votação da PEC (Proposta de Emenda Constitucional) que prorroga a CPMF (Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira) até 2011 na CCJ (Comissão de Constituição e Justiça) do Senado, informa o Blog do Josias.

Pelas contas do Planalto, a votação pela CCJ deve ocorrer em 9 de novembro, uma sexta-feira. Segundo a reportagem, se o acordo não estiver tricotado até a antevéspera da votação, os quatro tucanos que integram a comissão serão orientados a votar a favor da extinção da CPMF, aliando-se ao DEM da relatora Kátia Abreu (TO).

O voto contra será puxado pelos senadores tucanos Tasso Jereissati (CE) e Arthur Virgílio (AM), que estão na linha de frente das negociações com o governo e integram a CCJ. A reportagem informa ainda que o Planalto promete uma proposta até o final desta semana.


Fonte: Folha Uol

http://www1.folha.uol.com.br/folha/brasil/ult96u340612.shtml

sábado, 27 de outubro de 2007

Lula: CPMF interessa a candidatos a presidente

BRASÍLIA - Em meio às negociações com o PSDB para aprovar a proposta que prorroga a vigência da Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira (CPMF), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse ontem que o tributo interessa aos governadores que querem concorrer à Presidência em 2010."Estou convencido de que todos os governadores do Brasil são favoráveis (à proposta)", disse, no Palácio do Planalto.
"Duvido que tenha um governador contrário ao PAC", completou ele, se referindo ao Programa de Aceleração do Crescimento (PAC). No entanto, o grosso dos investimentos do PAC são provenientes ou de estatais ou da iniciativa privada, não da CPMF.
Sem citar diretamente os governadores de São Paulo, José Serra (PSDB), e de Minas Gerais, Aécio Neves (PSDB), ele disse que o tributo interessa a todos. "Todos aqueles que estão pensando em ser presidente a partir de 2010 querem que seja mantida a CPMF", afirmou.
Após cerimônia de sanção do projeto de lei que cria escolas técnicas, Lula voltou a associar os recursos do tributo ao sucesso do PAC, programa voltado para obras de infra-estrutura. "Todo mundo sabe que a União não pode prescindir de R$ 40 bilhões", disse. "Até porque, se nós quisermos fazer o PAC acontecer até 2010, melhorar a educação e a saúde, não tem como prescindir de R$ 40 bilhões".
Ele ressaltou que a CPMF não é um tributo criado pelo atual governo. "É um imposto que existe há muito tempo", disse. Sobre qual era o prazo ideal para votar a proposta que prorroga a CPMF, Lula respondeu que isso será definido pelos senadores.
O presidente rebateu críticas de que o governo não se empenha em reduzir a carga de impostos. Ele disse que o governo nos últimos três anos desonerou um total equivalente a R$ 36,9 bilhões. "Na verdade, já desoneramos uma CPMF", afirmou, se referindo ao valor arrecadado anualmente com o imposto do cheque.
Lula disse que a arrecadação federal tem aumentado, mas os empresários nunca ganharam tanto dinheiro. "Acho muito esquisito ouvir, às vezes, as pessoas falarem que a carga tributária está muito alta. Essas mesmas pessoas não dizem quanto cresceu a arrecadação de sua empresa", afirmou.
"A verdade é que as pessoas estão vendo que o governo está arrecadando mais, no entanto, as empresas estão ganhando dinheiro como nunca ganharam na história deste País, muito dinheiro. O que queremos é construir um País mais justo e solidário, e para isso precisa de arrecadação", completou.
Lula defendeu a contratação de mais funcionários públicos para serviços essenciais. "Esse discurso de que não pode contratar é o discurso daqueles que querem que o Estado seja inoperante", afirmou. Ele avisou que vai enviar medida provisória (MP) ao Congresso para contratar pessoal.
Na avaliação do presidente, a Polícia Federal (PF) e áreas como educação, saúde e meio ambiente precisam de mais funcionários. "Vamos mandar medida provisória para contratar gente porque vamos precisar de doutores, mestres, técnicos e merendeiras", disse.

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quinta-feira, 25 de outubro de 2007

CPMF: "O PSDB é salvação da lavoura"

BRASÍLIA - O governo está tão confiante na ajuda dos tucanos para aprovar a Contribuição Provisória sobre Administração Financeira (CPMF), que o chefe da Secretaria de Relações Institucionais da Presidência da República, Walfrido dos Mares Guia, não conteve o entusiasmo ontem, durante uma reunião com os líderes e representantes dos 11 partidos da coalizão que apóia o presidente Luiz Inácio Lula da Silva. "O PSDB é a salvação da lavoura", disse Guia, de acordo com relato dos presentes.

Em seguida, o chefe da Secretaria de Relações Institucionais disse que as negociações com partido avançam muito bem. Guia anunciou que Lula, além dele e do ministro da Fazenda, Guido Mantega, devem receber os senadores tucanos hoje, no Palácio do Planalto.

Tratarão das negociações que podem levar à prorrogação da CPMF e do projeto de lei que destina maiores recursos para a saúde, tanto por parte do governo federal quanto dos estaduais e das prefeituras (a regulamentação da chamada Emenda 29, como é conhecida nos meios políticos).

"Estamos abertos aos entendimentos com o PSDB", disse Mares Guia. Cabisbaixos, nos últimos dias, por causa das dificuldades de aprovação da Proposta de Emenda à Cconstituição (PEC) que prorroga a contribuição até 2011, Mantega e Guia conseguiram se animar ontem, com a perspectiva de ajuda da legenda ao projeto.

O ministro da Fazenda, presente à reunião do conselho político, também estava alegre. Abriu a fala para dizer que, pelas informações recebidas até aquele momento, estava seguro de que a administração federal tem 49 votos para aprovar o imposto no Senado (número mínimo exigido para a aprovação de uma emenda constitucional).

Mantega afirmou ainda, de acordo com relato dos participantes, que existe a possibilidade do Poder Executivo conseguir a adesão de mais três senadores, o que elevaria o número de votantes para 52. "Se isso acontecer, é o céu", afirmou o líder do PR na Câmara, Luciano Castro (RR), um dos principais defensores da prorrogação do tributo.

Barganha

"Sem ela, a saúde do País pára", opinou. Castro afirmou que, para negociar com o PSDB do Senado, o Executivo oferecerá a desoneração da folha de pagamentos, a isenção do Programa de Integração Social (PIS)/Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social (Cofins) para empresas de saneamento estaduais, tanto privadas quanto estatais, maior percentual da Contribuição de Intervenção no Domínio Econômico (Cide) e, talvez, mudanças na Lei Kandir - que desonera do Imposto de Exportação (IE) matérias-primas e produtos semi-elaborados.


O líder do governo no Senado, Romero Jucá (PMDB-RR), também se mostrou muito contente com o provável apoio do PSDB à dilação da CPMF. Mas declarou que a alíquota deverá ser mantida em 0,38%, como hoje. A diferença é que o Palácio do Planalto reduzirá impostos em áreas ligadas diretamente ao crescimento econômico e à produção.

"A negociação com o PSDB é muito importante", acredita. "Queremos saber quais são as suas propostas, o que querem mudar na parte da tributação". Jucá lembrou que a base do Planalto tem 53 senadores - isso, claro, contados todos, até aqueles que nunca se posicionaram com a Presidência da República, como Francisco de Assis Moraes Souza (PMDB-PI), o Mão Santa, e Mozarildo Cavalcanti (PTB-RR). "O ideal é que toda a base vote unida e que consigamos ainda outros votos de senadores da oposição preocupados em não prejudicar o País", acha.


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terça-feira, 23 de outubro de 2007

Governo aceita reduzir carga em troca da CPMF

BRASÍLIA - O governo aceita reduzir a carga tributária para tentar prorrogar a Contribuição Provisória sobre a Movimentação Financeira (CPMF) até 2011. A fórmula não está pronta, mas algumas idéias estão postas. Entre elas, a desoneração na folha de pagamentos, a isenção do Programa de Integração Social (PIS)/Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social (Cofins) para as empresas estaduais de saneamento e a redução progressiva da CPMF. "Está aberta a temporada de negociações. A proposta é a redução de impostos", disse o líder do governo no Senado, Romero Jucá (PMDB-RR).

Como sabe que a administração federal não tem 49 votos para aprovar a prorrogação da contribuição e encontra resistências até no meio dos senadores da coalizão, o chefe da Secretaria de Relações Institucionais da Presidência da República, Walfrido dos Mares, deu início às consultas sobre os pedidos de cada um. Guia almoçou ontem, no Palácio do Planalto, com os senadores Epitácio Cafeteira (PTB-MA), Gim Argello (PTB-DF) e Garibaldi Alves Filho (PMDB-RN). Mais tarde, recebeu os senadores Sibá Machado (PT-AC), Inácio Arruda (PC do B-CE), Gilvan Borges (PMDB-AP), Renato Casagrande (PSB-ES), João Pedro (PT-AM) e Augusto Botelho (PT-RR). Desta vez, sozinho, Alves Filho, com o qual havia conversado durante a reunião.

O chefe da Secretaria de Relações Institucionais da Presidência da República falou da "importância" da aprovação do imposto. Guia deixou claro a cada um que eles poderiam fazer as reivindicações paroquiais, como pedidos de liberação de emendas parlamentares ou mesmo cargos. Borges, por exemplo, pediu pela nomeação do superintendente de Serviços de Comunicação de Massa da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel), Jarbas Valente, para um cargo no conselho do órgão regulador. Valente e técnico especializado na área. O senador do PMDB do Amapá requereu ainda reparos em rodovias que ligam Macapá a Marzagão, Oiapoque e Serra do Navio (AP).

A princípio, a idéia de Guia era a de despachar no gabinete de Jucá. Mas foi advertido de que a atitude poderia ser confundida com um balcão de negócios, visto que receberia senadores um a um, cada qual com demanda própria. Mudou o local dos despachos, mas o conteúdo do encontro continuou o mesmo. Além de pregar a favor do tributo, deu corda para que os senadores falassem dos intentos nos estados.

À noite, o chefe da Secretaria de Relações Institucionais da Presidência da República, acompanhado do ministro da Defesa, Nelson Jobim, tinha um jantar no apartamento do senador Demóstenes Torres (DEM-GO), com mais 37 senadores. A intenção de Guia era falar da necessidade de negociar a dilação da CPMF, com a possibilidade de ceder em pontos importantes. Foi orientado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva a dizer que, se for mantida a alíquota de 0,38% para a CPMF, a saúde poderá receber 28 centésimos do dinheiro do imposto, em vez dos atuais 20.

Com isso, a verba do setor poderia passar dos atuais R$ 21 bilhões para quase R$ 30 bilhões. Na noite de ontem (22), o chefe da Secretaria de Relações Institucionais da Presidência jantou com o governador de Minas Gerais, Aécio Neves (PSDB), também para tratar da CPMF. Ouviu de Aécio que é necessário algum tipo de compensação para que o imposto do cheque seja aprovado.

Na ofensiva para aprovar o alongamento da CPMF, os ministros da área econômica terão hoje reunião com os líderes do governo; amanhã será a vez da bancada de senadores do PSDB. "Nós temos de tratar do assunto tanto com a base aliada quanto com a oposição", disse o líder do governo no Senado. "A situação é difícil, então, temos de costurar os acordos. Se tudo der certo, no dia 20 de dezembro, votamos o segundo turno da CPMF", afirmou.

Autorizados por Lula, os ministros da área econômica e os líderes têm sugerido aos parlamentares que deixem a alíquota da CPMF do jeito que está, em 0,38%, caso a emenda seja aprovada. O Poder Executivo se comprometeria a enviar ao Congresso um projeto de lei ou medida provisória (MP) que reduziria o percentual, progressivamente, a cada ano. Em 2008, para 0,36%; em 2009, 0,34%; em 2010, 0,32% e, em 2011, quando ela acaba, 0,30%.

Também é oferecida aos congressistas a possibilidade de isenção de PIS/Cofins para as empresas de saneamento, tanto estatais quanto privadas. Hoje, elas pagam 7,6% de PIS/Cofins. Sem o imposto, teriam mais verbas para investir em condições sanitárias.

Fonte: Tribuna Online

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