terça-feira, 4 de dezembro de 2007

Renúncia de Renan atrapalha CPMF; oposição aproveita para tentar acelerar votação

04/12/2007 - 17h24

GABRIELA GUERREIRO
RENATA GIRALDI
da Folha Online, em Brasília

A oposição quer acelerar a votação da proposta que prorroga a CPMF (Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira) após a renúncia do senador Renan Calheiros (PMDB-AL) da presidência do Senado. DEM e PSDB avaliam que poderá haver um racha na base aliada do governo na disputa para o comando da Casa, o que beneficia a oposição em torno da CPMF.

O líder do DEM no Senado, José Agripino Maia (RN), defendeu hoje que a votação da prorrogação da CPMF seja realizada nesta quinta-feira --como proposto pelo líder do governo no Senado, Romero Jucá (RR). "Nós estamos de acordo com a proposta do líder do governo. Queremos votar na quinta-feira", defendeu Agripino.

Inicialmente, a oposição foi favorável à aceleração da tramitação da CPMF. Ao perceber, no entanto, que não teria os 33 votos contrários à matéria, DEM e PSDB decidiram retomar a estratégia inicial de retardar a votação da matéria.

Agora, com o esperado racha na base aliada, os dois partidos retomaram o discurso favorável à votação esta semana.

Agripino afirmou que a disputa em torno do sucessor de Renan é um "condimento negativo" para os governistas na votação da CPMF. "De toda a disputa, o normal é resultarem seqüelas. Temos que votar", avaliou.

O líder do PSDB no Senado, Arthur Virgílio (AM), admitiu que a oposição vai aproveitar o clima de disputa pela presidência do Senado para conquistar votos da base aliada contra a CPMF. "Essa é a minha intenção, isso é tudo que eu quero", afirmou.

http://www1.folha.uol.com.br/folha/brasil/ult96u351255.shtml

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