domingo, 23 de dezembro de 2007

Após fim da CPMF, Lula cobra de senadores alternativa


Sábado, 22 de Dezembro de 2007 17:43
Agência Brasil


Sábado, 22 de Dezembro de 2007 17:43
Agência Brasil


O presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou hojeque não se sentiu derrotado com a rejeição da emenda que prorrogava a Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira (CPMF) pelo Senado.

“Temos que encarar isso como resultado da prática democrática do país. Nós criamos regras, regimentos, fórmulas. Quando elas são utilizadas, a gente perde ou ganha”, disse o presidente, que participou pela quinta vez consecutiva da confraternização de final de ano do Movimento Nacional de Catadores de Materiais Recicláveis (MNCR).

Segundo ele, ficará a cargo do Senado - que decidiu pelo fim do tributo - encontrar uma alternativa para que a queda na arrecadação não acarrete corte na verba que seria destinada à saúde no ano que vem. “Tanto os senadores que votaram a favor quanto os que votaram contra sabem que é preciso encontrar uma fórmula para que se possa colocar o dinheiro que já estava previsto na saúde.”

Lula ressaltou que o governo cortará despesas para compensar a perda de cerca de R$ 40 bilhões no orçamento. Ele garantiu, entretanto, que “não haverá um centavo de corte nas políticas sociais do governo, nem no PAC [Programa de Aceleração do Crescimento].”

Fonte: Campo Grande Newss

segunda-feira, 17 de dezembro de 2007

Lula diz que o mundo não acabou com fim da CPMF e que solução será madura

17/12/2007 - 09h03

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou nesta segunda-feira, durante o programa de rádio "Café com o Presidente", que o mundo não acabou com a rejeição pelo Senado da prorrogação da CPMF (Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira).

"As pessoas ficam se perguntando quem perdeu, se foi o Lula, se foram os governadores, ou seja, na verdade, quem perdeu foi o país. Perderam quase 6.000 prefeitos do Brasil, perderam 27 governadores de Estado e perdeu toda a população brasileira que utiliza o Sistema Único de Saúde, que utiliza o SUS. Acabou o mundo? Não. Agora, vamos ter que pensar, vamos ter que refletir, vamos ter que ver como vamos arrecadar uma parte desses recursos, porque nós não podemos ser irresponsáveis com a saúde brasileira, em função dos votos de alguns senadores."

Lula disse ainda que a estabilidade do país não dependia da prorrogação da CPMF até 2011. "Manter a estabilidade não dependia da CPMF, dependia única e exclusivamente da nossa responsabilidade em manter uma política de ajuste fiscal dura, de controlar a inflação e não permitir que o Estado gaste mais do que aquilo que é a sua capacidade de arrecadar. Isso é uma coisa sagrada, isso eu aprendi a fazer na minha casa com meu orçamento durante a vida inteira e eu faço como presidente da República. A segunda coisa é que o resultado da CPMF é daquelas coisas importantes da democracia."

O presidente ainda falou das alternativas estudadas pelo governo para compensar a perda da arrecadação com o "imposto do cheque". "Obviamente, nós vamos ter que arrumar uma grande parte desse recursos. Como fazer? Eu preciso discutir com o ministro da Fazenda, discutir com o ministro do Planejamento, para que a gente possa tomar as atitudes mais maduras possíveis, mais conscientes, sem nenhum atropelo. Eu preciso ter em conta que o Brasil está indo bem, a economia está bem, o trabalho está crescendo. Nós temos uma boa perspectiva para 2008 e eu não quero que nada atrapalhe."

Lula afirmou que os programas sociais continuarão crescendo, mesmo sem os recursos arrecadados com a CPMF. "As políticas sociais vão continuar acontecendo. Nós vamos tomar todas as medidas para que a gente não mexa no PAC [Programa de Aceleração do Crescimento], para que a gente não mexa nas políticas sociais. E vamos ver: se a economia crescer, certamente nós vamos ter possibilidade de arrecadar mais dinheiro. Se for necessário fazer algumas mudanças, nós vamos com muito cuidado, com muito critério, tomar essas medidas nos próximos dias, mas sem criar qualquer embaraço ou qualquer problema para a tranqüilidade que vive a economia brasileira."

O presidente ainda também falou sobre o resultado da última pesquisa Datafolha, apontando que cerca de 20 milhões de brasileiros com mais de 16 anos migraram da classe classe D/E para a C.

"Eu não poderia ter um final de ano melhor, ou seja, nós trabalhamos para isso. Quando fizemos o sacrifício do ajuste fiscal em 2003, era porque nós achávamos que mais à frente nós iríamos colher. Há um conjunto de políticas sociais que foram implantadas a partir de 2003 e que vêm ganhando força a cada ano. E, sobretudo, o crescimento da economia, o crescimento do emprego na construção civil, na indústria, no comércio vem possibilitando que a gente comece a perceber que a geração de empregos como em nenhum outro momento da história do Brasil. Isso demonstra que as coisas vão acontecendo no Brasil."

Mercosul

Lula também comentou sobre a integração da América do Sul. "Estou muito satisfeito com a integração da América do Sul, sobretudo com os bons resultados no Mercosul. Eu tenho dito que o Brasil, como é a maior economia da América do Sul, como é a maior economia do Mercosul, o Brasil paga o preço de ser a economia mais forte, o país mais industrializado, o país que tem mais tecnologia, de fazer concessões para que os outros países possam crescer junto com o Brasil. Ou seja, Brasil e Argentina têm que ajudar a Bolívia, têm que ajudar o Uruguai, têm que ajudar o Paraguai, permitindo que a gente compreenda que a integração é a saída melhor para todos os países da América do Sul."


http://www1.folha.uol.com.br/folha/brasil/ult96u355520.shtml

sexta-feira, 14 de dezembro de 2007

Corruptos, sonegadores, traficantes e grandes empresas: os maiores beneficiados com o fim da CPMF

14/12/2007 - 17h09

Ministro da CGU diz que corruptos comemoram fim da CPMF

da Folha Online

O ministro-chefe da CGU (Controladoria-Geral da União), Jorge Hage, disse hoje que os corruptos estavam comemorando o fim da CPMF --que termina no dia 31. O Senado rejeitou nesta semana a emenda que prorrogava a cobrança da CPMF até 2011.

"O fim da CPMF está sendo festejado também pelos corruptos que praticaram desvios e realizaram movimentações financeiras inexplicáveis que a CPMF nos ajudava a identificar", disse Hage.

Desde o início das negociações com a oposição no Senado, o governo adotou o discurso de que somente a oposição e os sonegadores eram contrários à prorrogação da CPMF.

Hage afirmou que a CPMF várias investigações serão prejudicadas com o fim da CPMF, que é um tributo com caráter fiscalizador. "Além do prejuízo decorrente da redução dos recursos utilizados nos programas sociais, o fim da CPMF trará também enorme prejuízo para os trabalhos de investigação da CGU e demais órgãos de investigação e controle."

Segundo ele, a CPMF permitia identificar movimentações financeiras incompatíveis com a remuneração de agentes públicos, por exemplo.

Hage informou que vários procedimentos admistrativos foram instaurados após conclusões tiradas a partir da CPMF, como patrimônio incompatível com a renda.

Fonte: Folha Uol

http://www1.folha.uol.com.br/folha/brasil/ult96u355050.shtml

quinta-feira, 13 de dezembro de 2007

Lamentamos que a votação da CPMF tenha sido politizada, diz José Múcio

da Agência Brasil
da Folha Online

O ministro José Múcio Monteiro (Relações Institucionais) lamentou nesta quinta-feira a derrota do governo federal no Senado durante a votação da CPMF (Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira), mas afirmou ter recebido a notícia com "serenidade".

"Lamentamos profundamente que a questão tenha sido politizada. Houve uma separação se era vitória do governo ou da oposição, esquecendo-se do tamanho da sociedade brasileira que tinha benefícios que eram atendidos pela CPMF", afirmou.

José Múcio disse que, agora, cada um terá de arcar com suas responsabilidade. "Evidentemente que todos vão ter que arcar com a responsabilidade, com o voto de cada um. O governo também com a sua parte. Vamos procurar as soluções. Saber aonde vamos ter que promover os cortes. Isso atingirá Estados e municípios, mas temos a absoluta tranqüilidade de que o governo terá que procurar novos caminhos para que esses brasileiros não fiquem desassistidos."

O governo federal estimava arrecadar R$ 40 bilhões com a CPMF em 2008. Segundo o ministro, o governo tirou lições importantes dessa derrota. "Primeiro, precisamos estreitar as nossas relações com o Senado. Precisamos ser mais parceiros dessa queda de braço. É ruim para o país, para o governo, para o Legislativo. Segundo, a necessidade de se ter uma reforma tributária, para que essas coisas periódicas ou transitórias não nos promovam a surpresa que nos promoveram essa noite."

José Múcio afirmou ainda que o governo tem a "consciência tranqüila" de ter tentado dialogar com a oposição e a base aliada nos últimos dias. "Tentamos o acordo, mas de repente nos deparamos mais com uma disputa política do que com a procura de um caminho que apontasse para um benefício para a sociedade."

O ministro também comentou que manteve contato até a meia-noite com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva. "Ele estava absolutamente sereno e, democrata como é, absorverá com tranqüilidade o resultado do Senado."

Plenário

Na madrugada desta quinta-feira, após mais de sete horas de sessão, o Senado rejeitou a prorrogação da arrecadação da CPMF até 2011. Foram 45 favoráveis ao imposto contra 34. Agora, o tributo vale só até o próximo dia 31.

A oposição contou com o apoio de senadores da base aliada para conseguir derrotar a proposta de prorrogação da CPMF no plenário do Senado.

O governo foi derrotado com uma diferença de quatro votos, já que precisava do apoio de 49 senadores para garantir a vigência do "imposto do cheque" até 2011. Apesar do governo enviar ao Senado propostas para flexibilizar a cobrança da CPMF, os líderes da base aliada não conseguiram convencer os governistas "dissidentes" a votarem favoravelmente à matéria.

Em contrapartida, os 13 senadores do PSDB votaram unidos contra a prorrogação da CPMF, apesar da pressão de governadores tucanos para que aprovassem a manutenção do "imposto do cheque".

Fonte: Folha Online

http://www1.folha.uol.com.br/folha/brasil/ult96u354517.shtml

quarta-feira, 12 de dezembro de 2007

Proposta do governo para CPMF provoca racha na bancada do PSDB no Senado

GABRIELA GUERREIRO
da Folha Online, em Brasília

A proposta do governo federal de destinar integralmente os recursos da CPMF (Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira) para a área da saúde provocou um racha na bancada do PSDB no Senado. Alguns tucanos já admitem votar favoravelmente à prorrogação da CPMF, embora o partido mantenha oficialmente a postura de que todos os tucanos devem derrubar a matéria no plenário.

A Folha Online apurou que o clima na bancada é de tensão. O presidente do partido, senador Sérgio Guerra (PSDB-PE), disse que os tucanos não podem começar a discutir uma proposta que não foi apresentada formalmente pelo governo. "Se a proposta chegar, vamos saber [se o partido muda de posição]. Não podemos trabalhar com um cenário surrealista. A valorização da saúde é forte para nós", afirmou.

Já o senador Tasso Jereissati (PSDB-CE), ex-presidente do partido, disse que os 13 senadores tucanos votarão unidos contra a prorrogação da CPMF. "Não há possibilidade de haver racha na bancada, nem divisão. Vamos votar contra, todos unidos. Não recebemos concretamente nenhuma proposta de mandar todo o dinheiro para a saúde", afirmou.

Apesar da postura inflexível, Tasso disse que a "suposta proposta" seria boa porque garantiria o aumento do repasse para a área da saúde. Assim como Tasso, Guerra disse que parte da bancada se sensibilizou com a proposta devido à preocupação do partido com a saúde no país. "Vários senadores tucanos entendem a saúde como uma questão forte para nós, que nos toca. Mas não há o que discutir porque não tem proposta."

O senador Marconi Perillo (PSDB-GO), por sua vez, admitiu que pode votar a favor da CPMF se receber argumentos do governo que o façam mudar de posição. "Se eu for convencido de que é importante aprovar a CPMF, voto a favor. Mas acho que o tempo é muito curto para esse convencimento", avaliou.

O vice-líder do PSDB no Senado, Álvaro Dias (PR), afirmou que o clima de tensão na bancada pode prejudicar a unidade dos tucanos --mas disse esperar que os 13 senadores mantenham o compromisso de derrotar a CPMF no plenário da Casa. "A bancada decidiu votar fechada, unida. Há um ambiente nervoso, há tensão, mas a preservação da unidade é o comprometimento mais forte. Traição, eu creio que não haverá. Só se eu estiver sendo enganado por todos", disse.

Proposta

Na tentativa de conquistar os votos dos tucanos pró-CPMF, o governo apresentou a proposta de repassar integralmente os recursos arrecadados com a CPMF para a área da saúde.

O líder do governo no Senado, Romero Jucá (PMDB-RR), disse acreditar que a proposta sensibilize senadores do PSDB a mudarem de idéia em relação ao "imposto do cheque".

"Essa é uma proposição do conselho de secretários de saúde dos Estados, dos governadores e prefeitos, e o governo quer saber se essa também é a posição do PSDB, ou seja, essa proposição que está na mesa traz a oposição para votar com o governo na renovação da CPMF? Se trouxer é um caminho para nós discutirmos e ainda dá tempo para um entendimento", explicou.

Fonte: Folha Online

http://www1.folha.uol.com.br/folha/brasil/ult96u354171.shtml

Senado vota hoje proposta que prorroga CPMF até 2011

da Folha Online

O plenário do Senado vai votar na tarde desta quarta-feira a proposta que prorroga a CPMF (Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira) até 2011.

Após a morte do governador de Roraima, Ottomar Pinto (PSDB), a base aliada cogitou votar ontem a proposta, pois temiam que o enterro de Ottomar esvaziasse o plenário e impedisse a votação. No entanto, o enterro do corpo do governador ocorrerá na quinta-feira e o governo tentará aprovar hoje a matéria no Senado.

Segundo o blog do Josias, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva determinou nesta terça-feira a realização da votação em primeiro turno da CPMF. "Vamos votar", disse. "Para ganhar ou para perder. Quero saber quem está com o governo e quem está contra nós."

Em reunião com ministros, auxiliares e aliados políticos, o presidente pediu que o líder do governo no Senado, Romero Jucá (PMDB-RR), chamasse a base aliada para enfrentar a oposição na tarde desta quarta-feira, às 16h.

Para aprovar a CPMF, são necessários ao menos 49 votos favoráveis. Como o presidente interino do Senado, Tião Viana (PT-AC), só vota em caso de empate, a base não pode contar com o voto pró-CPMF dele. Com esse placar apertado, qualquer voto a menos traz o risco da proposta ser rejeitada pelo plenário do Senado.

Votos

A oposição insiste que os governistas não têm os 49 votos necessários para aprovar a prorrogação da CPMF. O líder do DEM no Senado, José Agripino Maia (RN), disse que sua contabilidade aponta somente 45 votos favoráveis à CPMF --o que não permite a aprovação da matéria pelo governo.

"Os 35 votos que temos contra a CPMF serão os mesmos hoje, amanhã ou depois", disse Agripino.

O PSDB, por sua vez, mantém a expectativa de que os 13 senadores da bancada vão votar contra a prorrogação da CPMF no plenário. "Somos 13 votos com a mesma direção, contra a CPMF", afirmou o presidente do PSDB, Sérgio Guerra (PE).

O tucano disse ter certeza que o governo não conseguirá colocar a prorrogação da CPMF em votação, nos dois turnos, até o dia 31 de dezembro --quando termina a vigência da contribuição.

Fonte: Folha Online

http://www1.folha.uol.com.br/folha/brasil/ult96u354086.shtml

sexta-feira, 7 de dezembro de 2007

Dilma defende "persuasão política" como arma em favor da CPMF

07/12/2007 - 13h26

SÃO PAULO (Reuters) - A "persuasão política" deve ser a principal ferramenta do governo federal na campanha pela renovação da CPMF, afirmou nesta sexta-feira a ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff. Ela evitou comentar alternativas que pudessem estar em estudo pelo governo caso a oposição consiga barrar o tributo, que representa arrecadação de cerca de 40 bilhões de reais ao ano.

"A oposição política tem que ser respeitada, isso é fundamental para a democracia... Nosso primeiro movimento é de persuasão política", afirmou a ministra a jornalistas. Mas ela cobrou responsabilidade da oposição, alertando que "o mundo passa por crise significativa", numa referência às dificuldades com crédito decorrentes da inadimplência no mercado norte-americano de hipotecas de alto risco (subprime).

Dilma disse que a classe política tem que reconhecer que o Brasil está hoje em outro patamar no cenário internacional, combinando governo e oposição responsáveis.

"O convencimento tem que ser político", declarou. Ela ponderou que o governo já melhorou a proposta de renovação da CPMF até fim de 2011. O governo propôs a redução gradual da alíquota da CPMF e isenção para trabalhadores com salários de até 2.894 reais.

Além de chamar a oposição ao compromisso, Dilma cobrou do empresariado paulista sintonia com a proposta de fortalecimento do mercado interno, considerado por ela a grande vantagem competitiva do Brasil.

"Me parece um contra-senso a Fiesp não perceber que, no Brasil, há que se fazer um grande esforço no sentido de tirar de uma situação de miséria, pobreza, exclusão um segmento importante da população", afirmou. "Votar contra a CPMF significa reduzir completamente gastos em saúde, bolsa-família e previdência", argumentou.

A Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp) posicionou-se contra a prorrogação da CPMF.

Para ser aprovada, a proposta de emenda constitucional que prorroga a CPMF precisa de apoio de 49 senadores. A votação, em primeiro turno, está marcada para terça-feira.

Fonte: Folha Uol

http://noticias.uol.com.br/ultnot/brasil/2007/12/07/ult1928u5153.jhtm

quarta-feira, 5 de dezembro de 2007

Adib Jatene defende CPMF e ataca indiretamente a Fiesp

05/12/2007 - 12h05

RENATA GIRALDI
da Folha Online, em Brasília

Convidado especial da solenidade de lançamento do PAC (Programa de Aceleração do Crescimento) da Saúde, o ex-ministro da área Adib Jatene defendeu nesta quarta-feira a prorrogação da CPMF (Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira) até 2011 e atacou indiretamente a Fiesp (Federação das Indústrias do Estado de São Paulo).

"A gente vive em um país colonial e imperialista em que os amigos do rei não gostam de pagar imposto", disse Jatene durante a solenidade, no Palácio do Planalto. "O governo fica na contingência de arrecadar muito de quem ganha pouco e arrecadar pouco de quem ganha muito", reiterou.

Emocionado e com a voz embargada, Jatene descreveu o trabalho dos profissionais de saúde e criticou as limitações impostas ao setor. "Não aceito as limitações que a área econômica impõe à saúde", disse. "A área econômica está muito perto da riqueza, quando o ministro da Fazenda vai a São Paulo vai à Fiesp, não vai à periferia."

Sem citar nomes nem partidos políticos, ele comoveu a platéia e arrancou aplausos dos presentes. Falou da necessidade de buscar recursos para a saúde e melhorar a qualidade de vida dos moram nas regiões pobres do país. Contou das dificuldades que teve no período que ocupou cargos públicos e emocionou o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que acenou com a cabeça em alguns momentos do discurso do ex-ministro.

No total, o PAC da Saúde lançado hoje destina a aplicação de cerca de R$ 88,6 bilhões em quatro anos. O plano define a implementação do Programa Mais Saúde.

Fonte: Folha Uol

http://www1.folha.uol.com.br/folha/brasil/ult96u351510.shtml

terça-feira, 4 de dezembro de 2007

Renúncia de Renan atrapalha CPMF; oposição aproveita para tentar acelerar votação

04/12/2007 - 17h24

GABRIELA GUERREIRO
RENATA GIRALDI
da Folha Online, em Brasília

A oposição quer acelerar a votação da proposta que prorroga a CPMF (Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira) após a renúncia do senador Renan Calheiros (PMDB-AL) da presidência do Senado. DEM e PSDB avaliam que poderá haver um racha na base aliada do governo na disputa para o comando da Casa, o que beneficia a oposição em torno da CPMF.

O líder do DEM no Senado, José Agripino Maia (RN), defendeu hoje que a votação da prorrogação da CPMF seja realizada nesta quinta-feira --como proposto pelo líder do governo no Senado, Romero Jucá (RR). "Nós estamos de acordo com a proposta do líder do governo. Queremos votar na quinta-feira", defendeu Agripino.

Inicialmente, a oposição foi favorável à aceleração da tramitação da CPMF. Ao perceber, no entanto, que não teria os 33 votos contrários à matéria, DEM e PSDB decidiram retomar a estratégia inicial de retardar a votação da matéria.

Agora, com o esperado racha na base aliada, os dois partidos retomaram o discurso favorável à votação esta semana.

Agripino afirmou que a disputa em torno do sucessor de Renan é um "condimento negativo" para os governistas na votação da CPMF. "De toda a disputa, o normal é resultarem seqüelas. Temos que votar", avaliou.

O líder do PSDB no Senado, Arthur Virgílio (AM), admitiu que a oposição vai aproveitar o clima de disputa pela presidência do Senado para conquistar votos da base aliada contra a CPMF. "Essa é a minha intenção, isso é tudo que eu quero", afirmou.

http://www1.folha.uol.com.br/folha/brasil/ult96u351255.shtml

segunda-feira, 3 de dezembro de 2007

Planalto admite placar "apertado" para aprovar CPMF e busca apoio de senadores

03/12/2007 - 18h23

O ministro José Múcio Moteiro (Relações Institucionais) admitiu hoje que o placar favorável à (proposta de emenda constitnucional) que prorroga a cobrança da CPMF está apertado. A proposta tramita no Senado, onde precisa ser analisada em dois turnos --com 49 votos favoráveis em cada um-- para passar.

Múcio disse que espera colocar a proposta em votação quando a tiver a certeza de pelo menos 53 votos favoráveis. "A margem é muito pequena, de um lado e de outro. Na Câmara, nunca fiz contagem de um voto, dois votos. Sobre a data, o senador [Romero] Jucá [líder do governo no Senado] é quem vai dar o sinal verde. É uma vitória, para ambos os lados, com uma margem pequena [de votos]", afirmou o ministro.

A estratégia do governo é procurar, em especial, os três senadores que deixaram o DEM no início de setembro: César Borges (PR-BA), Edison Lobão (PMDB-MA) e Romeu Tuma (PTB-SP). Os parlamentares temem retaliações do ex-partido caso votem a favor da prorrogação da CPMF, motivo que preocupa o Planalto --já que a legenda poderá requerer na Justiça a devolução do mandato deles por infidelidade partidária.

Múcio admitiu que os três senadores temem retaliações do partido, mas disse estar disposto a conquistar votos pró-CPMF. "O prazo [para pedir o mandato de volta] já terminou, mas ninguém pode controlar o Ministério Público, que pode pedir [os mandatos]", afirmou.

O ministro também pretende se reunir, esta semana, com a bancada do Rio Grande do Sul no Senado em busca de votos para o "imposto do cheque". O governo batalha, em especial, para convencer o senador Pedro Simon (PMDB-RS) a votar favoravelmente à matéria --embora tenha sinais de que poderá acompanhar a oposição contra a CPMF.

http://www1.folha.uol.com.br/folha/brasil/ult96u350912.shtml

domingo, 2 de dezembro de 2007

CPMF possibilitou ao Fisco lançar, entre 2001 e 2007, créditos tributários de R$ 41 bilhões, valor superior a um ano de arrecadação da contribuição

O secretário da Receita Federal, Jorge Rachid, estimou que a CPMF possibilitou ao Fisco lançar, entre 2001 e 2007, créditos tributários de R$ 41 bilhões, valor superior a um ano de arrecadação da contribuição.

Do total de créditos contra pessoas físicas lançados no período, 56% foram feitos a partir de informações geradas pela CPMF.

No caso das pessoas jurídicas, o percentual foi de 13%.

O secretário reconhece, porém, que obteria o mesmo resultado com uma alíquota menor.

(Valor Econômico - Sinopse Radibrás)

sábado, 1 de dezembro de 2007

Temporão pressiona governadores para aprovar a CPMF

30/11/2007 - 21h23

LUIZ FRANCISCO
da Agência Folha, em Salvador

O ministro José Gomes Temporão (Saúde) pediu ontem a seis governadores nordestinos --e a representantes dos outros três Estados da região-- para pressionar as suas bancadas federais a votarem pela prorrogação da CPMF.

"Há uma percepção da população, da sociedade, de que o imposto não é ruim, quem paga mais são os que ganham mais, a CPMF coíbe a sonegação e a lavagem de dinheiro e é usado na área social. Não é o imposto ideal, mas tem impostos piores", disse o ministro, ao chegar para o encontro com os governadores, ontem, em Salvador.

Temporão disse que a aprovação da CPMF está mais fácil "hoje do que ontem". "Nós estamos trabalhando, o governo está conversando, está negociando." Depois, em uma salão somente com os governadores e secretários da Saúde, Temporão disse que os recursos para financiamento do PAC (Programa de Aceleração do Crescimento) da Saúde dependem da prorrogação da CPMF.

"Se a prorrogação do imposto não passar, a emenda constitucional 29, já aprovada pela Câmara e agora sob análise do Senado, terá que ser rediscutida. Sem a CPMF, só o Nordeste deixará de receber quase R$ 4 bilhões, necessários à realização de 200 milhões de atendimentos nos nove Estados da região", afirmou o ministro.

Participaram do encontro com o ministro os governadores Jaques Wagner (PT-BA), Wellington Dias (PT-PI), Eduardo Campos (PSB-PE), Cássio Cunha Lima (PSDB-PB), Marcelo Déda (PT-SE) e Cid Gomes (PSB-PE). Os governos de Alagoas, Rio Grande do Norte e Maranhão enviaram representantes.

http://www1.folha.uol.com.br/folha/brasil/ult96u350273.shtml