domingo, 23 de setembro de 2007

Joaquim Levy explica por que acha a CPMF um "bom" imposto. (Valor Econômico - Sinopse Radiobrás)

17 DE SETEMBRO DE 2007 - 10h24

CPMF gera menos distorções na economia que outros tributos


Impostos são uma necessidade antiga, cuja discussão, sabe-se, presta-se à hipocrisia. Uma das sentenças mais conhecidas da antiguidade foi a resposta de Jesus a uma "pegadinha" sobre impostos, registrada pelo apóstolo Mateus, segundo a qual se deve dar a César (o Estado) o que é de César, e não misturar as coisas.
Por Joaquim Levy*


A impopularidade dos impostos atravessa a história. Carlos VII e Luis XI, por exemplo, criaram um sistema de impostos na França muito condenado pela Revolução de 1789, mas que foi a base do crescimento do país por 300 anos. O principal desses impostos "talha" começou como temporário e continua existindo até hoje na forma de imposto de renda. Por outro lado, vários impostos criados pela Revolução, como aquele sobre as janelas, não tiveram sorte. Victor Hugo tem uma página memorável contra este imposto, a qual termina dizendo que Deus nos deu o ar de graça, mas o Estado queria cobrar por ele, fazendo as pessoas morarem em casas escuras e fechadas. Curiosamente, dizem que o mesmo imposto na Inglaterra incentivou a proliferação de janelas nas mansões, como mostra de status (com se diz no Rio, "há controvérsia" mas, dependendo das alíquotas, pode ser).


A emoção literária nem sempre é a melhor conselheira sobre impostos. A análise econômica mais das vezes é indispensável para se evitarem descaminhos. Nesse sentido, deve-se evitar que a renovação da CPMF – um tributo cobrado toda vez que um recurso sai de uma conta bancária – seja abafada por generalidades, preconceitos ou mesmo oportunismo.


A CPMF é hoje um dos tributos que gera menor distorção na economia. Além de sua arrecadação ser transparente, verificável e barata, ela alcança agentes que escapam de outros impostos, aumentando a eqüidade do sistema como um todo. Como um cuidadoso estudo do Banco Mundial conclui, "apesar do encanto e popularidade de opiniões afirmando que a CPMF é um mecanismo de tributação muito oneroso à sociedade, até agora a pesquisa empírica tem falhado em dar suporte a essa conjectura". De fato, as referências acadêmicas mais usadas nos debates são um encadeado de citações sobre conjecturas ou modelos com falhas lógicas ou saltos apriorísticos na implementação.


A CPMF se converteu basicamente em um tributo sobre compras e vendas que usem os bancos. Ela pode encarecer um pouco o custo de produção das empresas, mas pode-se demonstrar que o impacto é menor daquele que viria de outros impostos, talvez com a exceção de um imposto ideal sobre o valor agregado. O efeito da CPMF é parecido com o da tarifa cobrada pelos bancos sobre o talão de cheques, ou da taxa cobrada pelas administradoras de cartões sobre as lojas.


É claro que há restaurantes que não aceitam cartão de crédito e pessoas que deixam de usar o cheque, ou o caixa automático, porque têm que pagar pela operação. Mas, a questão é se a CPMF, que incide sobre esses serviços, os encarece a tal ponto que altere o comportamento das pessoas de forma prejudicial à economia. Não há indicação disso. Primeiro porque ela não é cara em relação ao custo dessas operações. Segundo, porque simplesmente não se viu desintermediação bancária desde 1998, quando a CPMF se estabilizou.


Quando foi instituída, a CPMF foi muito criticada porque poderia distorcer o investimento. Por exemplo, se o investidor pagar 0,38% cada vez que for trocar de aplicação, a alocação de capital na economia poderia ser prejudicada, pois a contribuição seria alta em relação ao rendimento dos títulos. Mas, a partir de 2004, os ajustes de carteira saíram do alcance da CPMF, com a criação da Conta Investimento. Essa conta também derrubou o argumento de que a CPMF encarece a dívida pública.


Um outro argumento comum contra a CPMF é que ele encarece o crédito. Se um empréstimo for renovado, por exemplo, semanalmente, a taxa de juros seria acrescida de "50 CPMFs" ao ano - o que equivaleria a juros adicionais de uns 25%. Com a taxa básica de juros em 18% ao ano e o spread bancário típico acima de 50% ao ano, esse impacto talvez fosse de segunda ordem. Mas, com a queda dos juros, vale a pena olhar com atenção para o problema, dimensionando-o com cuidado.


Deve-se ter claro, antes de se formular uma política para a CPMF no crédito, que os empréstimos de curtíssimo prazo geralmente atendem mais às despesas imprevisíveis do que ao total das despesas de giro. Há que se distinguir entre a freqüência com que a empresa tem que fazer pagamentos e receber recursos, e a freqüência com que recursos ociosos ou em falta devem transitar da conta corrente da empresa para o banco e vice-versa. Esta última é que determina o custo econômico da CPMF no crédito. Tecnicalidades à parte, essa é a discussão importante no momento.


Finalmente, a defesa da CPMF como um "bom" imposto não deve ser confundida com complacência em relação à crescente carga tributária, mesmo que a tendência dos gastos do governo tenha a ver com a sua capacidade de arrecadação. A tese de Ronald Reagan de que simplesmente cortar impostos acaba com o gasto não foi confirmada nem sequer nos Estados Unidos. Ela resultou em crescimento da dívida, juros altos e uma quase crise financeira, que foi evitada porque o presidente Bush (41º) renegou seus compromissos e aumentou os impostos em 1991. Segurar o gasto - especialmente o corrente - depende de uma decisão política que envolve mais que a renovação de uma contribuição eficiente. Esse tema deve ser tratado com máxima seriedade e sem hipocrisia.


Não tenhamos dúvidas: a discussão do gasto público e de assuntos como concorrência é crucial para o país, afetando o crescimento, os preços e a justiça social. Como se sabe, Robin Hood não era contra os capitalistas (que não existiam ainda). Ele era contra se asfixiar os que produziam, penalizando-os com altos impostos e regras voltadas principalmente para a auto-preservação de corporações sustentadas pelos impostos. O que Robin Hood, assim como a maioria de nós, queria, era um Estado que estimulasse a criação de riqueza, o comércio e a iniciativa.


* Joaquim Levy é ex-secretário do Tesouro Nacional e secretário de Fazenda do Rio.


Fonte: Valor Econômico

Do site: http://www.vermelho.org.br/base.asp?texto=25082

CPMF é assunto de quem não quer pagar imposto, para que o povo perca o Bolsa Família

22/09/2007 - 07h52

Ciro diz que CPMF é assunto de branco que não quer pagar imposto


da Agência Folha, em Fortaleza

O deputado federal e ex-ministro Ciro Gomes (PSB) fez ontem uma forte defesa da CPMF (Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira), que o governo federal tenta prorrogar no Congresso. Para ele, "a CPMF é assunto de branco que não quer pagar imposto, para que o povo perca o Bolsa Família".

"Se acabar a CPMF, acaba o Bolsa Família. Isso é o que eles [a oposição] querem e não têm coragem de dizer", afirmou Ciro, em Teresina.

Ciro fez uma palestra na Assembléia Legislativa do Piauí em homenagem aos 60 anos de fundação de seu partido, o PSB.

A jornalistas ele voltou a admitir que pode ser candidato a presidente em 2010, mas rechaçou que se inicie a discussão sobre sucessão presidencial agora, por faltar ainda mais de três anos do governo de Luiz Inácio Lula da Silva pela frente.

"Eu não seria sincero em afirmar que não sou candidato, mas, com a experiência que tenho, também não seria justo falar de sucessão presidencial, já que estamos apenas nos primeiros nove meses do segundo mandato do presidente Lula, e nosso objetivo é contribuir para que ele faça um bom trabalho", disse.

Ciro já foi candidato a presidente em 1998 e em 2002 e disse que isso por si só demonstra seu desejo de governar o país. O deputado tem viajado por vários Estados para fazer palestras sobre a conjuntura nacional e lidera, no Congresso, um bloco formado pelo PSB, PDT, PC do B, PRB, PHS e PMN, que discute uma candidatura própria em 2010, independentemente do PT.

Ainda assim, ele voltou a rechaçar a antecipação do debate presidencial: "Acho absurdamente um desserviço ao país se discutir eleição quando o presidente não inteirou nem nove meses de quatro anos de governo", afirmou.


Fonte: Folha Online - http://www1.folha.uol.com.br/folha/brasil/ult96u330521.shtml


sábado, 22 de setembro de 2007

O vereador Pedro Porfírio escreveu:

"O Brasil de hoje não é diferente do Brasil de ontem em matéria de corrupção e favorecimentos escandalosos.

Alguns personagens até aparecem nos mesmos filmes.

A diferença é que os meliantes de agora não parecem tão profissionais e incorrem em descuidos elementares."

Comentário deste blog:

Concordamos com essas afirmações de Porfírio e acrescentamos:

Se fossem revelados os meios utilizados pelos seus progenitores para serem bem sucedidos na política, os discursos de seus rebentos que, atualmente, têm pose de "vestais", tanto na Câmara como no Senado, seriam de outro teor.

As semelhanças e diferenças, referidas pelo Verador Pedro Porfírio, principalmente, entre os "profissionais" e os "aprendizes de feiticeiros", os quais não são melhores nem piores, mas apenas diferentes, podem ser comprovadas através das publicações seguintes:

" O senador Eduardo Azeredo (PSDB-MG) ser denunciado pelo procurador-geral da República, Antonio Fernando de Souza, como mentor e beneficiário do mensalão - esquema de arrecadação ilegal usado na eleição estadual de 1998.

(O Estado de São Paulo - Sinopse Radiobrás - 21-09-07)


* Na eleição de 1998, o hoje ministro Walfrido dos Mares Guia (Relações Institucionais) registrou em dois manuscritos repasses a aliados de dinheiro da campanha de Eduardo Azeredo (PSDB-MG) que não foram declarados à Justiça Eleitoral.

Ou seja, caixa dois.

Em um dos casos citados pelo ministro, o da candidata ao Senado Júnia Marise (PDT), a Polícia Federal identificou a entrada de R$ 200 mil do caixa dois de Azeredo, operado pelo empresário Marcos Valério de Souza, nas contas pessoais de dois assessores da política.

(Folha de São Paulo - Sinopse Radiobrás - 22-09-07)"


Quanto ao problema da CPMF, afirmo que pago com satisfação, uma vez que possui um atributo fiscalizador, o que a torna um "imposto" temido pelos ricos e sonegadores do imposto de renda, pelos partidos elitistas, pelo grande empresariado, pela imprensa que os representa e sobretudo, pela turma do "cansei".

Se é ruim para o "cansei", é bom para mim e para a classe média.

A CPMF deve se transformar em imposto e substituir outros impostos, aliviar o imposto de renda que penaliza, principalmente, a classe média, enquanto é facilmente sonegado pelos ricos.

Quem ganha o salário mínimo, se o mesmo foi depositado em Bancos, pagará apenas o valor de uma cerveja, da qual deverá se privar com satisfação, pois assim estará ajudando a Receita Federal a fiscalizar os sonegadores.

Entretanto, este e outros segmentos da sociedade podem ser desonerados com relação a esta contribuição, como já ocorre com a isenção da transferência da conta corrente para as contas de investimento, inclusive para a Bolsa de Valores, debitando-se, apenas, por ocasião da retirada dos valores investidos.

segunda-feira, 17 de setembro de 2007

CPMF ajudou a Receita Federal a arrecadar, desde 2001, R$ 43 bilhoes em multas

* O deputado Antonio Palocci (PT-SP) apresenta esta semana na Câmara a defesa da CPMF com base em dados da Receita, que desde 2001 arrecadou R$ 43 bilhões em multas com a ajuda da contribuição.

(Correio Brasiliense - Sinopse Radiobrás)

domingo, 16 de setembro de 2007

Conheça a história da CPMF (Folha de São Paulo)

15/08/2007

da Folha Online

A CPMF (Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira) é uma cobrança que incide sobre todas as movimentações bancárias, exceto negociação de ações na Bolsa, saques de aposentadorias, seguro-desemprego, salários e transferências entre contas-correntes de mesma titularidade.

Ela foi aprovada em 1993 e passou a vigorar no ano seguinte com o nome de IPMF (Imposto Provisório sobre Movimentação Financeira) --à época, a alíquota era de 0,25% e durou até dezembro de 1994 quando, como já estava previsto, foi extinto.

Dois anos depois, em 1996, o governo voltou a discutir o assunto, com a intenção de direcionar a arrecadação desse tributo para a área da saúde. Foi então criada de fato a CPMF, que passou a vigorar em 1997 com alíquota de 0,2%.

Em junho de 1999, a CPMF foi prorrogada até 2002, sendo que a alíquota passou a ser de 0,38% --o objetivo da elevação ajudar nas contas da Previdência Social.

Em 2001, a alíquota caiu para 0,3% mas em março do mesmo ano, voltou a 0,38%. Em 2002 a CPMF foi prorrogada, o que ocorreu novamente em 2004.

No final de 2000, o governo decidiu permitir o cruzamento de informações bancárias com as declarações de Imposto de Renda dos contribuintes. Assim, caso um contribuinte tenha declarado ser isento do IR e, ao mesmo tempo, movimentado milhões em sua conta bancária --o que é possível saber de acordo com o valor de CPMF paga--, sua declaração tem maior risco de ser colocada na malha fina pela Receita.

Fonte:> Folha Online

http://www1.folha.uol.com.br/folha/dinheiro/ult91u320356.shtml



Lula admite que já foi contra a CPMF

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva admitiu neste sábado (15), na Espanha, que era contra a CPMF quando o PT era partido de oposição.

Em Madri, Lula disse ser natural as recentes declarações da oposição de que não votará a prorrogação do tributo. "Eles estão fazendo o papel deles, o [mesmo] que eu fazia quando não era governo. Eu fui no Congresso pedir para barrar a [criação] CPMF", disse o presidente.

A receita prevista com a CPMF, neste ano, deve alcançar cerca de R$ 36 bilhões.

Renan

O presidente afirmou está a disposição de Renan Calheiros (PMDB-AL), caso o presidente do Congresso Nacional queira agendar uma reunião. Acusado de ter tido despesas pessoais pagas por um lobista, Renan foi absolvido em processo por quebra de decoro parlamentar na última quarta-feira (12) pelo Senado.

"Que eu saiba, não tem nada agendado, mas ele é o presidente do Senado, se quiser falar comigo, é só ligar e marcar, que eu vou receber", disse o presidente.

Fonte:

Agência Brasil
Folha Online

http://www1.folha.uol.com.br/folha/brasil/ult96u328857.shtml

sábado, 15 de setembro de 2007

Governo pretende adotar mecanismos de "feedback" na cobrança da CPMF sobre as operações de crédito, principalmente, no caso de empresas

* O deputado Antonio Palocci (PT-SP), relator da emenda que prorroga a CPMF, informou que o governo pretende reduzir ou eliminar a cobrança da contribuição nas operações de crédito, principalmente no caso de empresas.

O texto que prorroga a CPMF até 2011, com alíquota de 0,38%, foi aprovado na madrugada de ontem por comissão da Câmara e agora vai para votação no plenário.

No Senado, a oposição promete impedir a votação da emenda, se Renan Calheiros não se afastar da presidência da Casa.

(O Estado de São Paulo - Sinopse Radiobrás)


Observação do Blog:

O Governo Federal pretende agir ciberneticamente, adotando mecanismos de "feedback", corrigindo, gradativamente, suas distorções e, consequentemente possibilitando que esta contribuição, que desagarada os sonegadores, se torne o mais adequado instrumento fiscalizador do país.


sexta-feira, 14 de setembro de 2007

Governo aprova CPMF inalterada, na Comissão de Justiça da Câmara dos Deputados

Governo aprova CPMF inalterada

Por 13 votos a 5, o governo aprovou hoje de madrugada a prorrogação na CPMF na comissão especial da Câmara que trata do assunto. Com maioria dos votos, a maior dificuldade da base aliada foi vencer o cansaço. A oposição usou de manobras regimentais para arrastar a sessão até a madrugada, tentando esvaziar o plenário, informa nesta sexta-feira reportagem da Folha ).

O relatório do deputado Antonio Palocci (PT-SP) foi aprovado à 1h29 da forma como queria o governo, sem nenhuma alteração. Pelo parecer, a alíquota da CPMF continua em 0,38% até 2011. A DRU (Desvinculação das Receitas da União), que permite ao governo gastar livremente 20% do que arrecada, também irá vigorar por mais quatro anos. Com isso, mantido o texto também nas votações no plenário da Câmara e no Senado, a prorrogação poderá entrar em vigor assim que promulgada sem a necessidade de uma noventena.

Os deputados de PSDB, DEM e PPS votaram fechados contra o relatório. Na base aliada também não houve dissidentes. Deputados descontentes com a demora do governo em fazer nomeações e que ameaçavam votar contra o governo foram enquadrados.

Oposição

Uma das estratégias para forçar a saída de Renan do comando do Senado era tentar barrar a votação do projeto que prorroga a CPMF (Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira) até o ano de 2011.

O governo federal esperava aprovar com folga a prorrogação da CPMF na Câmara, mas estava consciente de que encontraria dificuldades no Senado --onde a oposição tem número maior de parlamentares para tentar derrubar o projeto.

"A CPMF, não podemos votar. Não venham com a chantagem de dizer que a CPMF tira dinheiro da saúde. O governo que tire recursos de outro lugar, sem essa contribuição", disse a senadora Marisa Serrano (PSDB-MS).

sábado, 8 de setembro de 2007

Paulo Bernardo, Ministro do Planejamento, cobrou do PSDB a paternidade da CPMF e o apoio para prorrogar a contribuição que diz ser de "boa qualidade"

O ministro do Planejamento, Paulo Bernardo, cobrou do PSDB a paternidade da CPMF e o apoio para prorrogar a contribuição no Congresso.

Em audiência na Câmara, Bernardo disse que o tributo é de "boa qualidade".

(Gazeta Mercantil - Sinopse Radiobrás)

sexta-feira, 7 de setembro de 2007

CPMF é "um imposto justo e fiscalizador", define o Presidente Lula

* Lula elogia o imposto e descarta inflação

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva fez ontem a defesa da política tributária de seu governo, definindo a questionada CPMF como "um imposto justo e fiscalizador".

Alertou que, sem a receita do tributo, terá de cortar R$ 40 bilhões de recursos para diferentes áreas.

O Brasil, na sua opinião, arrecada mais este ano, sem elevar a carga tributária, contrariando seus críticos.

Ao avaliar positivamente o corte de 0.25 ponto percentual da taxa básica de juros pelo Banco Central, Lula advertiu que o governo não abre mão do controle da inflação.

E aconselhou aqueles que apostam em sua volta a que "tirem o cavalo da chuva".

A inflação oficial de agosto foi de 0,47%, quase 10 vezes maior do que o resultado do mesmo mês do ano passado.

(Jornal do Brasil - Sinopse Radiobrás)

quinta-feira, 6 de setembro de 2007

CPMF é filha do PSDB', diz Paulo Bernardo (O Globo)

* Ao defender a prorrogação da CPMF, o ministro do Planejamento, Paulo Bernardo, disse na Câmara que extinção do imposto levaria ao descontrole das contas públicas e cortes em programas sociais.

E advertiu que a divisão com estados e municípios pode elevar a alíquota.

(Estado de Minas - Sinopse Radiobrás)


* Cláudio Haddad: o importante não é renovar ou não a CPMF, e sim como controlar e alocar bem o gasto público.

(Valor Econômico - Sinopse Radiobrás)


* O ministro do Planejamento, Paulo Bernardo, cobrou do PSDB a paternidade da CPMF e o apoio para prorrogar a contribuição no Congresso.

Em audiência na Câmara, Bernardo disse que o tributo é de "boa qualidade".

(Gazeta Mercantil - Sinopse Radiobrás)


Ministro do Planejamento achou 'estranho' PSDB retirar apoio à manutenção do tributo.
Paulo Bernardo, que participa de audiência na Câmara, nega descontrole de gastos.
Alexandro Martello Do G1, em Brasília

Foto: Agência Camara - Edson Santos
Agência Camara - Edson Santos
Ministro do Planejamento Paulo Bernardo defendendo a manutenção da CPMF (Foto: Edson Santos/Agência Camara)

O ministro do Planejamento, Paulo Bernardo, julgou, nesta quarta-feira (5), "estranha" a decisão de deputados do PSDB de retirar apoio à manutenção da Contribuição Provisória Sobre Movimentação Financeira (CPMF) - tributo que abocanha 0,38% de cada movimentação financeira e cuja previsão é de arrecadar R$ 36 bilhões neste ano.

"A CPMF é filha do PSDB. Simplesmente adotamos um tributo de boa qualidade. É negativa [a decisão do PSDB de retirar apoio à prorrogação da CPMF]. Não sei se é uma decisão em definitivo. É importante manter o diálogo para tentar reverter essa decisão", disse Paulo Bernardo a jornalistas, antes de audiência pública na comissão especial da Câmara dos Deputados que avalia a proposta de manter o tributo.

A bancada do PSDB na Câmara decidiu por unanimidade, nesta terça-feira (4), votar contra a prorrogação da CPMF até 2011. Os deputados do partido rejeitaram os argumentos do governo de que os recursos da CPMF são necessários para o cumprimento dos programas do governo na área social, como o Bolsa-Família, para gastos em Saúde e para custeio da Previdência Social.

Além da comissão especial da Câmara, a CPMF, para ser prorrogada até 2011, conforme pede o governo federal, ainda terá de passar pelos plenários da Câmara e do Senado Federal. Nesta última instância, o governo federal não tem maioria.

http://g1.globo.com/Noticias/Economia/0,,MUL99245-5599-2947,00.html



quarta-feira, 5 de setembro de 2007

Ministro Guido Mantega (Fazenda) ameaçou cortar verbas de programas sociais como o Bolsa Família e os repasses para a Saúde, sem prorrogação da CPMF

* Em discursos coordenados, quatro ministros traçaram um cenário de sérios problemas se a CPMF não for prorrogada, principalmente na área da saúde, que passa por crise em vários Estados.

"De 1997 a 2007, a CPMF representou 40% dos recursos do Ministério da Saúde, Informou o ministro José Gomes Temporão.

"Será uma tragédia, pois teremos que cortar os recursos do Bolsa Família e reduzir as receitas para a Saúde", disse o ministro da Fazenda, Guido Mantega.

Outros dois ministros também fizeram apelos pela contribuição.

(O Estado de São Paulo - Sinopse Radiobrás)


* Em uma ação coordenada pelo Planalto, quatro ministros fizeram no Congresso uma veemente defesa da CPMF.

Os auxiliares de Lula anunciaram redução de investimentos em programas sociais se houver corte na contribuição.

Tucanos evitaram confronto político.

(Correio Brasiliense - Sinopse Radiobrás)